Açoriano Oriental
Governo dos Açores lança em 2020 campanha de promoção de produtos lácteos

O Governo Regional dos Açores vai lançar no início do próximo ano uma campanha publicitária sobre os produtos lácteos da região a nível nacional, anunciou o presidente do executivo açoriano.

Governo dos Açores lança em 2020 campanha de promoção de produtos lácteos

Autor: Susete Rodrigues/AO Online

“Vamos lançar, no início de 2020, uma campanha publicitária de âmbito nacional, que torne os produtos lácteos açorianos mais conhecidos pela sua qualidade, apostando numa comunicação eficaz e direta junto dos consumidores do território continental, para onde exportamos, maioritariamente, os nossos laticínios”, afirmou Vasco Cordeiro.

O presidente do Governo Regional falava, na Praia da Vitória, na sessão de abertura do XII Congresso da Agricultura dos Açores.

Realçando o “percurso absolutamente notável que a agricultura dos Açores fez nas últimas décadas”, Vasco Cordeiro admitiu que ainda existem desafios a vencer.

“Desafios que, em alguns casos, resultam da nova realidade que construímos e, noutro, porque – importa também reconhecê-lo – houve soluções que não resultaram da maneira como nós gostaríamos que tivessem resultado”, frisou.

O chefe do executivo açoriano apontou a notoriedade dos produtos açorianos como um dos desafios atuais do setor, mas também a sustentabilidade e a aliança entre a produção e a investigação.

“É fundamental alicerçar melhor, e de forma mais eficaz, essa parceria entre as diversas entidades que podem contribuir para a inovação e para o desenvolvimento do nosso setor agrícola. Há um caminho imenso que pode ser trilhado, mas há que vencer a perspetiva que não valoriza ou reconhece que esse caminho é condição de sobrevivência do setor agrícola”, salientou.

Em matéria de sustentabilidade, Vasco Cordeiro defendeu que os Açores têm condições para “entrar neste debate e assumir plenamente as suas mais-valias nessa discussão”.

“É fundamental que, sem prejuízo da seriedade da abordagem a este assunto, não se caia na tentação de assumir dores alheias”, frisou, alegando que “os produtores açorianos já há muitos anos têm práticas produtivas respeitadoras e valorizadoras do ambiente e do bem-estar animal”.

Nesse sentido, considerou necessário prosseguir com o “bom trabalho” que tem sido feito, mas também “aprofundar esse trabalho, fundamentá-lo técnica e cientificamente e, sobretudo, rentabilizá-lo num mundo que está cada vez mais desperto e valorizador desses aspetos”.

Para o presidente do Governo Regional, é fora da pastagem que há uma “margem de progressão mais ampla”, por exemplo, com a melhoria da performance energética das indústrias de laticínios.

“A questão não está, em bom rigor, no que a lei permite ou não permite, a questão não pode estar apenas no que os fundos comunitários financiam ou deixam de financiar, mas tem de estar, esta é a minha perspetiva, na construção de novos e atuais argumentos que vão ao encontro das necessidades e sensibilidades do mercado e, parte essencial, na transformação desses argumentos em ativos valorizadores de produtos, preços e rendimentos de toda a cadeia”, sustentou.

Os Açores produzem cerca de 50% do queijo e perto de 35% do leite produzidos em Portugal.

Em 2018, o volume de negócios da indústria de laticínios totalizou cerca de 310 milhões de euros e só a faturação do leite atingiu perto de 180 milhões de euros (mais 7,2% do que em 2017).


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