Açoriano Oriental
Governo dos Açores estuda soluções para encaminhamento de passageiros não residentes

O secretário regional dos Transportes e Turismo dos Açores revelou, esta terça-feira, que o executivo PSD/CDS-PP/PPM está a estudar soluções para os encaminhamentos interilhas gratuitos para passageiros aéreos não residentes no arquipélago, tendo em vista um “equilíbrio de fluxos turísticos”.

Governo dos Açores estuda soluções para encaminhamento de passageiros não residentes

Autor: Lusa/AO Online

“Vamos encontrar, e estamos a trilhar caminhos nesse sentido, uma solução próxima de um ‘interline’ para os passageiros acederem de forma facilitada [a ilhas que não recebem voos diretos do exterior do arquipélago] e para que se mantenha o equilíbrio na distribuição de fluxos turísticos”, disse Mário Mota Borges.

O secretário regional falava no plenário do parlamento açoriano, após uma declaração política do deputado socialista José Ávila sobre coesão regional e o fim dos encaminhamentos, considerados “mais um rude golpe das ilhas mais prejudicadas, que são sempre as mesmas”.

“A conjugação destas decisões perniciosas representa, para a maior parte das ilhas, uma visão enviesada da coesão e colide com o programa de governo”, observou, referindo-se também à suspensão do transporte marítimo sazonal da linha Amarela.

Mota Borges notou que os encaminhamentos gratuitos se mantêm “para os residentes nos Açores”.

A questão, explicou, é que o Governo teve de recorrer a um documento da União Europeia “onde estava expresso que os encaminhamentos eram só para residentes”.

Na bancada do PSD, António Vasco Viveiros já tinha defendido a coesão territorial como um tema que “todos acarinhamos”.

O deputado notou que as decisões do Governo não podem ser dissociadas da criação da Tarifa Açores, de voos interilhas para residentes até 60 euros.

Quanto aos encaminhamentos, defendeu que, “para os não residentes que vêm do continente, seja encontrada uma alternativa que traga alguma justiça e sirva outras ilhas que não recebem voos das [companhias] ‘low cost’”.

Rui Martins, do CDS, disse ser necessário avaliar se a região quer “um turismo de massas ‘low cost’ ou se pretende fazer mais com menos”.

“Ou seja, um turismo de nicho que permita fazer mais rendimento com o nosso valor acrescentado – a nossa natureza, a nossa cultura - para haver crescimento económico sem depauperar a nossa maior riqueza”, disse.

Paulo Estêvão, do PPM, considerou importante repensar os encaminhamentos de não residentes para uma “distribuição de fluxos turísticos por todas as ilhas”.

“Os encaminhamentos estavam a ter papel positivo nesse sentido. A concentração do fluxo turístico em apenas algumas das ilhas [do arquipélago] é inaceitável. Tem de ser encontrada uma solução que acautele a mobilidade de deslocação de residentes e fluxos turísticos”, defendeu.


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