Governo apresentou Plano de Contingência para a Pandemia da Gripe

O Governo açoriano apresentou hoje o "Plano de Contingência dos Açores para a Pandemia da Gripe", o qual assenta na "descontinuidade geográfica, desproporcionalidade demográfica e recursos de saúde de cada uma das nove ilhas".


    O secretário regional dos Assuntos Sociais, Domingos Cunha, disse que o plano, cuja elaboração começou em 2006, com a colaboração da Direcção-Geral da Saúde, "está elaborado da forma mais racional, previsível e prática para potenciar e melhorar a capacidade de resposta".

    O documento prevê três níveis de impacto - "mínimo, provável e máximo" - nas áreas das consultas, hospitalizações e óbitos.

    Assim, as taxas previstas vão dos 30 aos 40 por cento da população afectada pela gripe, que origina variações nas consultas entre 113.929 a 135.387 pessoas, entre 910 e 4.853 hospitalizações e 247 a 1.319 óbitos.

    As áreas funcionais do plano destinam-se à informação em saúde, medidas de saúde pública, cuidados de saúde pública em ambulatório e internamento, laboratórios de análises, medicamentos, vacinas e comunicação.

    Os laboratórios dos Açores da Unidade de Genética e Patologia Molecular (Hospital de Ponta Delgada) e do Serviço Especializado de Epidemiologia e Biologia Molecular (Hospital de Angra do Heroísmo) integram a rede nacional, composta por mais cinco laboratórios no Continente português e um na Região Autónoma da Madeira.

    Segundo o documento, os Açores possuem um fracção de 0,11 da fracção nacional de medicamentos, a enviar para as ilhas após a declaração de pandemia, mas o plano "preconiza o aumento dessa reserva", que não foi quantificada.

    O plano tem uma "cadeia de comando" coordenada pela Direcção Regional de Saúde, a que se segue uma Comissão Regional de Peritos, Coordenadores de Ilha, Comissões de Ilha, Conselhos de Administração dos Centros de Saúde, Unidades de Saúde e Hospitais.

    Foi também criado um Núcleo Operacional do Plano de Contingência Regional para a Pandemia da Gripe e um Gabinete de Comunicação e Crise, destinado a preparar, elaborar e gerir toda a informação pública, de forma a evitar a "especulação, medo e pânico" em situação de emergência da doença.
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