Futuro do único radar meteorológico nos Açores preocupa IPMA

O delegado nos Açores do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) manifestou hoje preocupação quanto ao futuro do único radar meteorológico existente no arquipélago, dado ser propriedade norte-americana e estar instalado na base das Lajes.


 

“Desconheço, atualmente, qual é a situação/futuro do radar. Inicialmente, falou-se que seria desmontado e levado para a América em consequência da redução do contingente americano na base das Lajes”, afirmou Diamantino Henriques, em declarações à agência Lusa, recordando que a instalação de radares na região é “uma velha ambição”.

O responsável pelo IPMA nos Açores referiu que caso fosse desmontado o único radar meteorológico existente no arquipélago, “a capacidade de reação na região seria muito menor”, da que existe atualmente.

“[O radar meteorológico) é o principal meio de previsão a curto prazo para previsões de situações extremas. Não é um brinquedo. O radar meteorológico é uma ferramenta (…), com a particularidade de ser muito útil em situações de aproximação de tempo severo e estimativa de precipitação e vento”, referiu Diamantino Henriques.

O delegado regional do IPMA assegurou que a situação do radar norte-americano “é do conhecimento da direção do IPMA desde o início”.

“Penso que eles devem ter feito ou fizeram o que podiam fazer na altura para convencer quem de direito que era um equipamento necessário e de interesse para os nossos serviços aqui”, referiu.

Há vários anos também que o CDS/PP Açores insiste na necessidade de se instalarem no arquipélago radares meteorológicos, alegando que “neste momento as ilhas são a única região do país onde ainda não foram colocados estes equipamentos”, que permitem o lançamento de avisos meteorológicos com antecedência de 15 ou 30 minutos.

“No caso da Madeira, houve um entendimento entre o instituto e o Governo Regional da Madeira para cofinanciar a construção do radar. Aqui nos Açores, o Governo Regional entendeu que a aquisição e instalação do radar é obrigação da administração central e não deve contribuir financeiramente para o projeto”, recordou Diamantino Henriques.

Segundo disse o delegado regional do IPMA, a instalação de radares nos Açores é “uma velha ambição”, mas “por falta de oportunidade do ponto de vista financeiro”, ainda não foi concretizada.

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