Açoriano Oriental
Jornal de campanha
Ferreira Leite e Costa Neves "cortaram" no apoio ao sismo
Com a progressão da campanha, os candidatos começam a retirar alguns “coelhos” da cartola. César revelou ontem que o Governo PSD da República não cumpriu financeiramente com as vítimas do sismo
 Ferreira Leite e Costa Neves "cortaram" no apoio ao sismo

Autor: João Alberto Medeiros
Carlos César cumpriu ontem mais uma etapa da campanha eleitoral, no Faial, onde denunciou o facto do Governo da República que integrava Manuela Ferreira Leite e Carlos Costa Neves ter “cortado” o financiamento à reconstrução do sismo de 1998 que assolou a ilha.
Durante o jantar-comício realizado nos Flamengos,  o líder do PS declarou não ter “vacilado na defesa dos interesses dos faialenses”, na obra de reconstrução.
“Mesmo quando o Governo da República – em que estava a Dra. Ferreira Leite, é certo, mas em que também estava o Dr. Costa Neves – cortou o financiamento à reconstrução habitacional no Faial e no Pico”, concretizou.
Já no contexto das iniciativas do Governo do PS, Carlos César disse que foi o seu executivo que avançou com várias das medidas que agora são apresentadas por partidos da oposição como suas.
Revelou, entre outras medidas, que as taxas do IRS serão mais baixas a partir de Janeiro.
Na sequência da política fiscal e dos cuidados de saúde gratuitos (entenda-se isentos de taxas moderadoras), bem como da despenalização ao rendimento, ”ficam nas mãos dos açorianos, por ano, mais de 230 milhões de euros”, segundo César.
“Isso quer dizer, numa região com a nossa dimensão, um enorme esforço do Governo Regional do PS a favor das famílias açorianas e a favor das empresas dos Açores”, declarou perante centenas de militantes.

Berta Cabral alvo privilegiado
José Contente, com Carlos César a desdobrar-se em jantares-comício pelos diferentes círculos eleitorais, voltou ontem a apelar ao voto no PS, em São Miguel.
Escolheu como alvo no terceiro dia de campanha, Berta Cabral.
Foi a terreno da autarca laranja em zonas rurais ( Ginetes) e urbanas (Calheta), onde foi recebido com a sua caravana, de forma empática pela maior parte dos potenciais eleitores.
E não deixou de registar com agrado o facto de uma das inquilinas da Rua Nova, dos Ginetes, Maria de Medeiros, mãe do presidente da Junta de Freguesia, ser sua apoiante e de Carlos César.
José Contente subiu as escadas da sua habitação, com determinação e foi ao encontro da  senhora que, com um sorriso cúmplice, lhe disse: “é por isso que gosto de si”.
Outro apoiante socialista, o empresário  Norberto Moniz, aludindo a um slogan social-democrata, lá dizia na Calheta que “melhor é possível mas não com o PSD” e que os  “Açores estão unidos pelo PS”, na ausência de uma ponte que ligue todas as ilhas.
Mas Contente elegeu como principal alvo das suas críticas Berta Cabral e não o líder do PSD porque não gostou de “ouvir este disparate que o Governo investe menos do que a Câmara Municipal, em Ponta Delgada o que é um absurdo”.
“Não podemos deixar em claro coisas que não correspondem à realidade. É só nesta medida que respondemos à primeira candidata do PSD por São Miguel”,  disse, para lançar o “mimo” de que “a liderança bicéfala do PSD é algo que não nos diz respeito”.
Para o dirigente socialista, ontem, em Ponta Delgada “tivemos a amostra da força do PS em São Miguel, em todos os concelhos, neste caso concreto do maior”.
Este facto, na sua leitura, vai “entristecer muita gente, sobretudo aqueles que, sendo candidatos, não vão exercer o seu lugar na Assembleia Legislativa Regional, o que nos parece lamentável”.
O recado foi direitinho para a candidata Berta Cabral. Para não variar...
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