Açoriano Oriental
Fernando Pádua vence Prémio Nacional de Saúde de 2007
O médico Fernando de Pádua, cardiologista e "pioneiro da utilização inteligente da divulgação de mensagens para a saúde", é o vencedor do Prémio Nacional de Saúde de 2007, revelou à Lusa a porta-voz do júri, Maria Irene de Silveira.

Autor: Lusa/AO online
       O júri reconheceu "o pioneirismo e a dedicação do trabalho de promoção e prevenção" realizado pelo médico cardiologista, acrescentou.

    "Há já 40 anos que o médico Fernando Pádua se dedica à promoção da saúde e prevenção da doença, numa atitude pedagógica e altruísta, tendo sido fundador de instituições, autor de 300 trabalhos publicados nos media e tendo intervindo regularmente na televisão", justifica a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos e porta-voz do júri, Maria Irene de Silveira.

    "A escolha foi difícil, dado que os quatro candidatos eram de elevado nível", admitiu Maria Irene de Silveira, revelando que a eleição foi decidida pela "distinção de Fernando de Pádua no que diz respeito à sua visão estratégica em termos de prevenção, tendo recorrido intensivamente aos órgãos de comunicação social".

    Fernando de Pádua fundou, em 1986, o Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva, do qual ainda é presidente, tendo ainda criado, em 2002, uma Fundação homónima.

    Em 1979 havia criado a Fundação Portuguesa de Cardiologia, com o objectivo de viabilizar a comunicação directa com a população, e foi fundador e presidente do Núcleo de Estudos de Cardiologia Preventiva da Faculdade de Medicina de Lisboa e do Centro de Estudos de Cardiologia Preventiva do Instituto Nacional de Saúde.

    O Prémio Nacional de Saúde foi criado no ano passado pelo ministro da Saúde, Correia de Campos, e visa distinguir anualmente "uma personalidade que tenha contribuído, inequivocamente, para a obtenção de ganhos em saúde ou para o prestígio das organizações de saúde no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS)", pode ler-se no despacho publicado em Diário da República.

    O vencedor do primeiro prémio foi o médico Albino Aroso, "um dos maiores impulsionadores do planeamento familiar em Portugal e com um reconhecido trabalho na área materno-infantil", segundo a DGS.

    A atribuição do Prémio Nacional de Saúde ocorre a 04 de Outubro de cada ano, data de comemoração da criação da DGS, em 1899.

    O júri de atribuição do prémio foi este ano presidido pelo médico Walter Osswald e constituído pelos bastonários das Ordens dos Médicos, Enfermeiros e Farmacêuticos e pelo director do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Jorge Torgal.
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