Autor: Lusa/AO online
Com um golo de Mariano Gonzalez, aos 65 minutos, e um “bis” de Ernesto Farias, aos 68 e 82, a equipa “azul-e-branca” ofereceu a Jesualdo Ferreira a 100.ª vitória com as cores do Dragão, no dia em que o técnico completou 150 jogos ao serviço da equipa.
Com uma primeira parte deprimente, sem qualquer lance de perigo, com excepção a um remate fraco de Cristian Rodriguez, já aos 41 minutos, o FC Porto salvou-se na segunda, quando a insatisfação dos sócios ganhava contornos pouco normais no Estádio do Dragão nas últimas épocas.
Na estreia de André Villas Boas como treinador da Académica, os “estudantes” apresentaram-se organizados e com linhas defensivas bem definidas, impossibilitando o FC Porto de qualquer acção meritória ou digna de destaque durante o primeiro tempo.
Os “dragões” pareceram uma equipa intranquila e só começaram a respirar quando Mariano marcou de cabeça, num lance pouco normal, e Farias fez o segundo, pouco depois, beneficiando de uma desatenção defensiva.
Miguel Pedro ainda reduziu, aos 76 minutos, com um golo fantástico e sem hipóteses para Helton, mas o FC Porto, com novo tento de Farias, aos 82, conseguiu manter o registo 100 por cento vitorioso no Dragão esta temporada, enquanto a Académica, que voltou a marcar, já aos 92, por Sougou, continua na cauda da tabela, com apenas três empates.
O FC Porto, tal como tinha acontecido quarta-feira com o APOEL, apresentou-se com Helton, na baliza, Fucile (saiu por lesão aos quatro minutos, entrando Sapunaru), Rolando, Bruno Alves e Álvaro Pereira, na defensiva, um meio-campo com Fernando, Raul Meireles e Mariano Gonzalez, ficando o ataque a cargo de Hulk, Cristian Rodriguez e Falcao.
Do lado da Académica, Rui Nereu surgiu na baliza, Pedrinho, Berger, Orlando e Emídio Rafael apareceram na defesa, com Nuno Coelho, Cris, Tiero, Sougou e Lito no meio-campo, atrás do avançado João Ribeiro.
Na segunda parte, a equipa “azul-e-branca” tentou apagar a má imagem deixada no primeiro tempo e Hulk, aos 49 minutos, rematou cruzado e com perigo, com Raul Meireles e Falcao a chegarem ligeiramente atrasados para encostar.
Com a mesma estratégia do primeiro tempo, os “estudantes” mantinham-se tranquilos e faziam de uma rápida circulação de bola o plano para se aproximarem da baliza de Helton.
Jesualdo Ferreira decidiu então retirar Cristian Rodriguez e fazer entrar Ernesto Farias e o público presente no Estádio do Dragão mostrou grande insatisfação, com uma assobiadela monumental.
Rodriguez passou pelo banco, pontapeou uma garrafa de água e seguiu para o balneário.
Duas boas jogadas de Mariano, embora sem qualquer eficácia, entusiasmaram os adeptos e a equipa portista, e Hulk, aos 63 minutos, acertou no poste com estrondo, na primeira grande ocasião de perigo do jogo.
Dado o aviso, Mariano abriu o marcador, aos 65 minutos, Farias repetiu a dose, aos 68, Miguel Pedro reduziu para a “Briosa”, aos 76, no lance mais bonito de um jogo triste, apesar dos cinco golos e, aos 82, surgiu o “bis” da “arma secreta” lançada por Jesualdo.
Já a terminar, aos 92 minutos, Sougou reduziu para 3-2, mas o FC Porto já não deixou fugir os três pontos, apesar das tentativas finais dos academistas.