Açoriano Oriental
Lomba da Maia
Falta de pessoal condiciona serviço prestado à comunidade
O reduzido número de efectivos no quartel dos bombeiros da Lomba da Maia e o aumento das solicitações de serviços tornam inviável a prestação de um serviço de qualidade à comunidade. Acresce a degradação do edifício e dos meios 

Autor: Luísa Couto
Queixas da população sobre a qualidade do serviço prestado pelos Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande, em concreto, pela secção da Lomba da Maia têm vindo a público nos últimos tempos. Demoras na resposta e disponibilidade da ambulância são alguns dos problemas que os utentes anseiam ver resolvidos.
“ São, de facto, critícas legítimas porque, na verdade, não há grande capacidade de resposta. Quando as pessoas pedem uma ambulância não podem estar meia hora à espera. Não é má vontade da nossa parte mas com os meios que existem não podemos chegar a todo o lado”, revela José Nuno Moniz, segundo comandante dos Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande.
Tudo porque no quartel da Lomba da Maia são apenas quatro efectivos a assegurar o funcionamento permamente da secção (ou seja, dois por turno).Um cenário que em nada é compatívelcom o aumento de solicitações para serviços que se tem registado sobretudo no último ano.
“ Recordo que este quartel foi inaugurado em 1989 e essa altura já trabalhavam aqui dois profissionais. Dezoito anos depois e com serviços de sáude que passaram de 200 para 15000/1600 (excluindo os de incêndio e intempéries), não é possivel mantermos a mesma qualidade se se mantém o mesmo número de profissionais”, esclarece o segundo comandante da corporação.
De acordo com os números apresentados pelo presidente da direcção dos Bombeiros, Viriato Madeira, ontem em conferência de imprensa, até ao final do ano a secção da Lomba da Maia irá registar um aumento dos serviços na ordem dos 50%.
“Realizámos, em 2006, 1.103 serviços e em 2007, até ao dia 20 do corrente mês, já efectuamos 1.488”, revelou.
Diante de todo este cenário, também não abona nada a favor da capacidade de resposta dos efectivos o facto de estarem a trabalhar com uma ambulância com mais de 10 anos. Explica a tripulação que operacionalidade daquele aparelho, atendendo ao desgaste, também influiu na forma e no tempo gasto em determinadas solicitações.
A tudo isso, acresce o actual estado do quartel que se encontra extremamente degradado, atendendo a problemas de inflitrações e até de electricidade.
“O quadro de electricidade, como está, é um perigo estar junto dele em dias de chuva. E quando se fica sem electricidade nem há capacidade para ligar uma sirene”, relata um dos efectivos.
Face a este último condicionalismo, a SRPCBA já fez saber que as obras irão avançar no próximo ano. A nova ambulância, por sua vez, deverá chegar ainda este ano. Fica, no entanto, por resolver, aquele que é a questão fulcral: a falta de pessoal.
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