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Inovação
Europa tem um terço dos clusters do mundo, mas EUA são mais especializados
Mais de um terço dos 'clusters' do mundo estão na Europa, sobretudo na União Europeia a 15, como França, Itália, Reino Unido e Alemanha, apesar de serem menos especializados que os norte-americanos, segundo um documento da Comissão Europeia.

Autor: Lusa/AO online
 O documento de trabalho da Comissão Europeia diz que entre os 1.400 clusters existentes no mundo foram identificados 500 na Europa, segundo um inquérito da Associação Europeia de Agências de Desenvolvimento Regional.

    Nas economias mais avançadas os clusters estão mais focados em serviços de inovação e conhecimento, enquanto nos países em transição estão mais concentrados no desenvolvimento das cadeias de abastecimento, promoção das exportações, redes de contacto e formação.

    Uma análise do Observatório Europeu de Clusters, citada no documento, concluiu que os clusters "são uma parte importante da realidade económica europeia", adiantando que 38 por cento dos europeus trabalham para empresas que pertencem a um cluster.

    Nos novos Estados-membros da União Europeia, o conceito de cluster ainda é relativamente novo, mas é de destacar o crescente número de organizações em fase inicial, refere o documento, que sublinha os "significativos" fundos estruturais de que estes países vão beneficiar no período 2007-2013 para o desenvolvimento dos clusters.

    Na Europa, estão indentificados diversos clusters, nas áreas do automóvel, que é um exemplo de especialização regional, da eco-energia, serviços financeiros, indústrias química, florestal, aeroespacial e microelectrónica, entre outros.

    Contudo, segundo a Comissão Europeia as novas indústrias emergem mais rapidamente nos Estados Unidos do que na Europa, assim como a especialização dos clusters é inferior à dos Estados Unidos, que beneficiam de um mercado com uma linguagem comum e um regime regulador com mais de 200 anos.

    O Observatório defende, no entanto, que os clusters europeus podem compensar algumas das desvantagens relativamente aos Estados Unidos através da criação de redes com outros clusters com eficácia complementar, sublinhando que a prosperidade nas regiões europeias está relacionada com o grau de desenvolvimento dos clusters.

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