Açoriano Oriental
Empresários de Angra do Heroísmo denunciam entreves da banca na concessão de apoios
 Um inquérito da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo indica que 65 por cento de cerca de uma centena de empresas da Terceira, Graciosa e S. Jorge tiveram dificuldades em “recorrer aos apoios lançados pelo Governo Regional” dos Açores.
Empresários de Angra do Heroísmo denunciam entreves da banca na concessão de apoios

Autor: Lusa/AO Online

“As principais razões apresentadas pelo tecido empresarial foram a exigência de garantias adicionais, entraves por parte da banca e as dívidas à segurança social e ao fisco”, explicou o presidente da CCAH, Sandro Paim.

O dirigente empresarial alertou para o facto de, “para além destes números, que só por si são alarmantes e muito preocupantes, existem outros aspetos que foram lançados pelos empresários que colocam a própria sustentabilidade da economia em causa”.

Sandro Paim, entre estes aspetos, destacou as “instituições financeiras que assinam contratos com o governo regional para apoio às empresas e depois, nos balcões, informam que não assinaram ou que não têm conhecimento dessas linhas de apoio”.

O presidente da CCAH frisou que “a única medida que introduzia liquidez às empresas, a Linha de Crédito Açores Investe I, foi praticamente recusada pela generalidade das instituições financeiras”.

Por outro lado, salientou que a única que foi "operacionalizada com algum sucesso foi a linha de reestruturação de endividamento, que, acima de tudo, melhorava as condições das próprias instituições financeiras no que diz respeito a receitas e garantias".

A CCAH apela, por isso, a uma mudança de atitude da banca instalada nos Açores, não só para apoiar através destas linhas de apoio, mas também para reivindicar a nível nacional capacidade financeira para introduzir liquidez nas empresas regionais, permitindo que estas invistam e façam crescer a economia.

Do Governo Regional, os empresários pretendem uma garantia de que a banca vai concretizar o esforço de apoio às empresas, alertando Sandro Paim que, caso contrário, “o número de encerramento e insolvência das empresas regionais terá consequências devastadoras”.

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