Açoriano Oriental
Eleitores privilegiaram estabilidade política
O presidente do Governo dos Açores, o socialista Vasco Cordeiro, afirmou hoje que os eleitores privilegiaram a estabilidade política nas eleições regionais de outubro e manifestou uma "profunda preocupação" com a abstenção.
Eleitores privilegiaram estabilidade política

Autor: LUSA/AO online

"Das eleições de outubro resultou, também, que os açorianos privilegiaram a estabilidade política como um bem em si mesmo, garantindo uma maioria parlamentar de apoio ao Governo dos Açores”, disse Vasco Cordeiro, no discurso de tomada de posse do novo executivo regional, o XII, na Assembleia Legislativa, na Horta, ilha do Faial.

Para o governante, que hoje iniciou o segundo mandato na liderança do executivo regional, “nunca como agora, como se pode constatar através de vários exemplos por toda a Europa, se valorizou tanto a estabilidade política e governativa, enquanto meio que garante as condições de execução tranquila de um programa sufragado, maioritariamente, pelos eleitores”.

Perante os 57 deputados e entidades convidadas, o chefe do executivo deixou “a solene garantia” de que o Governo Regional está e estará sempre disponível para responder perante o parlamento, “dialogar em nome do supremo interesse das açorianas e dos açorianos e dos Açores, para assumir uma verdadeira relação política e institucional entre os órgãos de governo próprio da Região Autónoma dos Açores”.

“Ousamos pensar que as diferenças políticas e de entendimento de cada um não podem ser vistas como barreiras intransponíveis, como um maniqueísmo redutor do exercício pleno da democracia, sob pena de se defraudarem as expectativas depositadas em nós no dia 16 de outubro”, adiantou.

No seu entender, o rumo que os açorianos mostraram querer seguir deverá ser concretizado com diálogo político e institucional com a assembleia, com os parceiros sociais e com todas as entidades representativas da sociedade.

Sobre as eleições legislativas regionais, que registaram uma abstenção recorde neste tipo de sufrágio, 59,15%, Vasco Cordeiro expressou uma “profunda preocupação” com a evolução destes números no arquipélago.

Assinalando que existe um conjunto de fatores que para ela contribuem, o chefe do executivo sustentou que o afastamento da população do processo eleitoral pode fragilizar a autonomia e “dar mais força àqueles que, cá dentro ou lá fora, fazem tudo para” diminuir e empobrecer politicamente a região.

Da parte do Governo Regional, Vasco Cordeiro afirmou existir disponibilidade para um trabalho que, liderado pela Assembleia Legislativa, “possa contribuir para encontrar novas e melhores soluções para uma desejada e imprescindível reaproximação dos açorianos com os seus órgãos de Governo próprio e com a autonomia”.

“Este é um desafio que temos de vencer pelo futuro da nossa autonomia, pelo futuro da nossa democracia, pelo futuro dos Açores”, destacou, acrescentando que, nesta matéria, é também fundamental fazer-se uma reflexão sobre o modo como todos podem “evitar que o combate político, por vezes, derrape para zonas menos prestigiantes da atividade política”.

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