Açoriano Oriental
Definidas medidas para o Turismo após o Estado de Emergência

O Governo Regional definiu um conjunto de medidas a implementar no setor turístico, após o termo do Estado de Emergência, que permitam “proporcionar uma operação turística segura para todos os que viajam para os Açores, com respeito pela Saúde Pública da Região”.

Definidas medidas para o Turismo após o Estado de Emergência

Autor: Paula Gouveia

Entre as medidas, ontem apresentadas pela Secretaria Regional dos Transportes, Turismo e Energia aos operadores turísticos, associações do setor e câmaras de comércio, constam as que se referem à obrigatoriedade de realização de teste à Covid-19 antes de viajar, isolamento profilático de 10 dias em caso de teste positivo à chegada e de 14 dias se for contacto próximo de caso positivo, além de benefícios financeiros se chegar com teste negativo.

Deste modo, no que refere ao procedimento de testagem de passageiros externos à Região, haverá três modalidades: passageiros com teste PCR negativo efetuado em Portugal continental ou na Madeira, nas 72 horas prévias à viagem, terão esse teste pago pela Região, nos laboratórios convencionados, um incentivo de 35 euros para usufruto nos Açores, e testes ao 6.º e 12º dia pagos pela Região, caso permaneçam os dias em causa; passageiros com teste PCR negativo efetuado no estrangeiro terão de pagar esse teste, que terá de ser feito nas 72 horas prévias à viagem, beneficiando de um incentivo de 50 euros para usufruto nos Açores, e testes ao 6.º e 12º dia pagos pela Região, caso permaneçam na Região; e por último, passageiros sem teste PCR efetuados na origem terão teste pago pela Região à chegada, aguardando em isolamento profilático o resultado do mesmo, que chegará num período de até 24 horas; testes ao 6.º e 12º dia serão também pagos pela Região, caso permaneçam no período em causa.
Como esclarece ainda o Governo Regional em nota de imprensa, o passageiro que testar positivo à chegada terá de cumprir confinamento obrigatório, por um período de 10 dias, enquanto os companheiros de viagem referenciados como contactos próximos de alto risco, terão que cumprir isolamento profilático por um período de 14 dias. 

Nestes casos, o confinamento obrigatório e o isolamento profilático decorrem no alojamento inicialmente contratado pelo passageiro, mas haverá exceções. Caso a situação decretada se prolongue por um período para além do contratado pelos passageiros, a Região assume os encargos com alojamento e refeições em unidade hoteleira designada para o efeito. E se o alojamento contratado pelo passageiro não garantir condições para a situação decretada, o passageiro será transferido para uma unidade hoteleira designada e paga pela Região.

Continuam a existir exceções também à obrigatoriedade de realização de teste de despiste ao SARS-CoV-2 à entrada da Região, para passageiros com idade igual ou inferior a 12 anos; com declaração de alta clínica de vigilância e das medidas de isolamento; tripulações de companhias aéreas nos casos já em vigor; e profissionais de saúde em serviço para transferência ou evacuações de doentes.

No que refere à implementação do “corredor verde”, o Governo Regional adianta que  está a ser preparado, em consonância com o que se está a trabalhar ao nível da União Europeia e também com a evolução epidemiológica e de vacinação nos Açores.

“Uma das possibilidades que está a ser estudada é a gestão de passageiros já vacinados, cuja imunidade de grupo já tenha sido atingida no país de origem antes de junho de 2021 e cuja taxa de incidência do vírus seja baixa, podendo estes entrar na RAA sem obrigatoriedade de teste”, avança o executivo açoriano, salvaguardando contudo que qualquer solução poderá sofrer alterações consoante a evolução epidemiológica.

Ainda de acordo com a nota de imprensa do executivo açoriano, o preenchimento do formulário ‘online’ Mysafeazores continuará a ser obrigatório antes da viagem para os Açores.

Na reunião que decorreu ontem à tarde, foram esclarecidas dúvidas sobre as novas medidas e ouvidas as dificuldades que o tecido empresarial está a sentir, com o intuito de melhorias futuras relacionadas com as questões logísticas na operação dos seus negócios e acolhimento dos turistas, refere o governo regional. 

Segundo o executivo, será  dada continuidade ao “diálogo com os empresários”, para que se atinja uma meta comum: “a retoma rápida e segura do setor do Turismo”, sendo que periodicamente será atualizada a informação relativa a eventuais alterações às medidas em vigor, para que as empresas possam comunicar com associados, mercados e futuros clientes, refere ainda o governo regional.

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