Autor: Lusa/Ao On line
Inicialmente estava previsto que a partir desta semana iria ser vacinado o grupo B, que inclui pessoas com doenças crónicas como diabetes, problemas cardiovasculares, asma, insuficência renal e profissionais de saúde em contacto directo com doentes, entre outros.
Mas o Ministério da Saúde decidiu considerar como prioridade todas as crianças entre os seis e os 24 meses, pelo que também elas podem ser vacinadas a partir de hoje. O calendário inicial integrava as crianças saudáveis no grupo C e só começariam a ser vacinadas mais tarde, em função da chegada de novas doses de vacina.
A ministra da Saúde afirmou no Sábado que, no entanto, Portugal tem vacinas contra a gripe A (H1N1) em stock, pelo que os pais de crianças saudáveis dos seis aos 24 meses devem contactar os centros de saúde para saberem quando as podem vacinar.
"Além dos doentes crónicos, dos profissionais de saúde e dos profissionais essenciais para o funcionamento do país, temos também esta possibilidade" de incluir as crianças mais novas - cerca de 145 mil - já na fase de vacinação que arranca hoje, disse Ana Jorge.
As vacinas, explicou, chegam em frascos de 10 doses e é necessário organizar a sua aplicação para não haver desperdícios, já que existe um prazo de 24 horas para serem usadas depois de aberta a embalagem. É por isso que os pais devem contactar os centros de saúde para marcarem a hora e o dia em que podem vacinar os filhos.
Até aqui as crianças tinham de levar uma declaração médica a atestar a necessidade da vacina, em função de doença crónica, mas tratando-se de crianças saudáveis basta apenas o Boletim de Nascimento ou a Cédula de Saúde.
Segundo Ana Jorge, não há falta de vacinas nas unidades de saúde autorizadas a ministrá-las e todas as que chegaram a Portugal já estão distribuídas pelas administrações regionais e centros de saúde.
Entre 02 e 08 de Novembro foram registados focos de infecção por gripe A (H1N1) em 191 escolas do país, triplicando os valores da semana anterior (60). "A actividade gripal centra-se ainda predominantemente em ambiente escolar", segundo o último relatório semanal do Ministério da Saúde sobre a evolução do vírus