Açoriano Oriental
Conselheira de Juncker diz que UE leva "muito a sério” preocupações das regiões

A conselheira económica do presidente da Comissão Europeia Amela Hubic considerou que Bruxelas tem passado a “mensagem clara” que “leva muito a sério” os problemas específicos das regiões ultraperiféricas (RUP), como os Açores, no quadro 2021-2027.

Conselheira de Juncker diz que UE leva "muito a sério” preocupações das regiões

Autor: Lusa/AO Online

“As negociações do Quadro Financeiro Plurianual 2021-2017 ainda não foram fechadas, mas certamente que as preocupações que as RUP têm vindo a manifestar terão sempre um tratamento especial comparando com os restantes”, declarou a economista luxemburguesa.

A conselheira económica principal no Centro Europeu de Estratégia Política foi a convidada de uma conferência promovida hoje, na ilha de São Miguel, pela Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, subordinada ao tema "The Future of Europe: Challenges and Opportunities in a Turbulent World", traduzível por "O Futuro da Europa: Desafios e Oportunidades num Mundo Turbulento".

Para a economista, os Açores são “certamente importantes” para os interesses estratégicos da União Europeia face à sua posição no Atlântico Norte.

Amela Hubic não se pronunciou sobre a intenção da redução das taxas de cofinanciamento europeu nos projetos comunitários, alegando não ser especialista em questões orçamentais, nem sobre as redução de verbas previstas para a coesão no novo orçamento da União Europeia, outra matéria que preocupa os Açores.

A XXIII Conferência dos Presidentes das Regiões Ultraperiféricas (CPRUP) da União Europeia, reunida em Las Palmas, em novembro, rejeitou “qualquer redução das taxas de cofinanciamento europeu” e exigiu de Bruxelas a reposição da taxa de 85%.

Amela Hubic considerou, noutro capítulo, que o turismo é uma “grande oportunidade” para os Açores, mas há que “olhar ainda para outros setores mais produtivos”, como as novas tecnologias.

Para a oradora, as novas tecnologias “não requerem muito capital para arrancar”, havendo que formar as pessoas para gerar bens na área, criando-se 'startups' que podem operar a partir dos Açores.

“Há que treinar os mais jovens para que possam ser competitivos na economia do século XXI, que é o que está a acontecer na China e nos Estados Unidos, onde está a mudar o código educacional para se adaptarem”, declarou a economista.

A oradora convidada da conferência de hoje na ilha de São Miguel é doutorada em Economia e Gestão e é conselheira económica principal no Centro Europeu de Estratégia Política, o grupo de reflexão interno da Comissão Europeia que fornece análises estratégicas, aconselhamento e apoio ao presidente, Jean-Claude Juncker.


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