Açoriano Oriental
Crise Financeira
Congresso dos Estados Unidos debate plano de recuperação
O Congresso dos Estados Unidos vai debater durante todo o fim-de-semana o plano de recuperação do sistema financeiro norte-americano, que já mereceu contributos dos candidatos presidenciais John McCain e Barack Obama.

Autor: Lusa / AO Online
    Durante o primeiro debate televisivo, na sexta-feira, os dois rivais na eleição à Casa Branca cruzaram opiniões sobre a actual crise financeira nos Estados Unidos, tendo Obama atribuido a crise a "oito anos de políticas erradas de George W. Bush", nomeadamente uma falta de regulamentação que tem beneficiado sobretudo os mais favorecidos.

    Barak Obama apresentou-se como o candidato da classe média face a John McCain, obrigado a reconhecer que é preciso "restaurar o sistema" financeiro.

    O candidato republicano denunciou a "cumplicidade" reinante entre Washington e Wall Street e apontou o dedo ao responsável máximo do SEC, o órgão de supervisão dos mercados, considerando que os organismos de regulação "não funcionaram bem".

    Os dois candidatos chegaram a acordo quanto ao plano de emergência que prevê o desbloqueio de 700 mil milhões de dólares (cerca de 500 mil milhões de euros) para satisfazer os créditos mal parados acumulados pelos estabelecimentos financeiros no sector imobiliário.

    A presidente democrata da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, garantiu que o Congresso interromperá todas as suas sessões sobre outras matérias a partir de sexta-feira até à eleição presidencial de 04 de Novembro, trabalhando "todo o fim-de-semana" para chegar a um acordo sobre a questão financeira.

    Os democratas acusam os republicanos de responsabilidade pelo impasse actual por terem apresentado um contra-projeto encorajando os contribuintes à poupança.

    Neste contexto tenso, o Presidente George W.Bush considerou sexta-feira, na sua alocução televisiva, que "é preciso agir rapidamente".

    O banco de depósitos Washington Mutual, fechado quinta-feira à noite e cujas actividades viáveis foram retomadas pelo JPMorgan Chase, foi a mais recente das grandes instituições financeiras norte-americanas a sucumbir à crise em menos de duas semanas, após os bancos Lehman Brothers e Merrill Lynch e a seguradora AIG.
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