Autor: Lusa/AO Online
"Será uma vigília civilizada, frente à sede do BPP, em Lisboa, (...) e visa chamar de novo à ribalta o assunto BPP, alertando a opinião pública, comunicação social, poder (...), que passado um ano de intervenção do Estado no BPP estamos na mesma, ainda por cima depois do vergonhoso privilégio de credores com os 450 milhões [de euros]", lê-se na convocatória para a manifestação a que a agência Lusa teve acesso.
Esta será a terceira acção do género promovida pelos clientes do BPP, que inicialmente ocuparam as instalações do banco no Porto e mais tarde manifestaram-se durante vários dias na sede de Lisboa, reclamando contra o congelamento das contas - decidido pelo Banco de Portugal - que impede que recuperem o dinheiro aplicado na instituição.
"O Estado é (ou deve ser) pessoa de bem e só tem é que pagar religiosamente a todos os credores, incluindo nós, do retorno absoluto", frisam os clientes.
A Privado Fundos, gestora do BPP, está desde o Verão a montar um fundo especial de investimento que reunirá os activos dos clientes de retorno absoluto, solução que conta com o apoio das autoridades, mas o processo continua ainda numa etapa inicial, à espera que a CMVM - que tem consecutivamente requerido mais informações sobre os activos (e os passivos) relacionados com as carteiras de retorno absoluto - dê luz verde à constituição do "megafundo".
A iniciativa está marcada para um sábado (houve uma antecipação da primeira data que apontava para 21 de Setembro) e os clientes apelam à mobilização das famílias, amigos, empregados e respectivas famílias para dar força à acção de protesto.