Açoriano Oriental
Chegada de estudantes sírios é um "grande desafio" para Portugal
O presidente da Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios, Jorge Sampaio, considerou "um grande desafio" para Portugal o acolhimento de estudantes refugiados nos próximos tempos, afirmando que o país está preparado para essa missão.
Chegada de estudantes sírios é um "grande desafio" para Portugal

Autor: Lusa/AO online

 

“É um grande desafio para os portugueses em geral, será muito bom para eles (estudantes sírios), mas não é uma matéria que possa ser feita de qualquer maneira”, alertou Jorge Sampaio.

Para Sampaio, que falava aos jornalistas à margem da sessão solene de abertura oficial do ano letivo 2015-2016 da Escola Superior de Educação de Portalegre, a chegada dos estudantes sírios a Portugal “vai exigir” aos portugueses uma resposta adequada que só será possível com a colaboração e coordenação das entidades envolvidas.

“É uma grande viragem de esperança para muitas dessas pessoas que estão para chegar. É um trabalho que vai exigir de nós o nosso melhor”, considerou.

Durante o seu discurso na Escola Superior de Educação de Portalegre, Jorge Sampaio afirmou que a sociedade portuguesa “precisa” de tomar consciência de que o futuro “depende fundamentalmente” da educação e que o desenvolvimento do país requer “mais e melhor” educação superior, formação e investigação.

“O desemprego dos jovens e o êxodo de portugueses qualificados que se tem verificado têm de ser estancados. Mas tal só será conseguido com uma estratégia abrangente, pluridimensional e multissetorial, mas que passará sempre pela escola, pela melhoria da qualificação da população ativa”, disse.

Jorge Sampaio considerou ainda um “desafio” para o país o cumprimento da Agenda das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, considerando este dossiê uma questão “prioritária” para Portugal.

“O desafio é tanto maior quanto entre os objetivos a alcançar se joga agora também de forma muito mais explícita a questão da boa governação, como uma espécie de quarto pilar do desenvolvimento sustentável”, afirmou.

“No que a Portugal diz respeito, penso que esta é uma questão que deverá ser prioritária no âmbito do programa do Governo em matéria, desta vez, não só de política externa e concretamente no âmbito da cooperação, mas também em termos de políticas públicas nacionais”, acrescentou.

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