Açoriano Oriental
Chega quer presidente da Câmara de Lisboa a explicar situação das cheias na AR

O líder do Chega anunciou esta quinta feira que o partido vai requerer a audição das autoridades de proteção civil e do presidente da Câmara de Lisboa na Assembleia da República sobre as inundações que se registaram na capital.

Chega quer presidente da Câmara de Lisboa a explicar situação das cheias na AR

Autor: Lusa /AO Online

“Queria anunciar aqui que o Chega vai chamar ao parlamento as várias autoridades de Proteção Civil para que deem esclarecimentos sobre isto”, declarou André Ventura, no Funchal.

Falando no Funchal, no âmbito da visita que efetua à Madeira, na Placa Central da Avenida Arriaga, onde se concentram as iniciativas das festividades de Natal e Ano Novo, o presidente desta força política sustentou ser necessário “de uma vez por todas pedir responsabilidades nesta matéria aos políticos”.

“Porque todos os verões estamos a falar de incêndios e todos os invernos estamos a falar de cheias”, disse, considerando ser “um pouco cansativo estarmos todos os anos a assistir ao mesmo filme”.

Face ao cenário provocado pelas cheias na capital, Ventura adiantou que, embora “sabendo que há o risco de o PS não aceitar”, pretende “chamar o presidente da Câmara Municipal de Lisboa para que dê explicações”.

“Como é que é possível com tantos avisos que existiam nesta matéria, com tanto dinheiro que gastamos em proteção civil, termos situações como as que tivemos ontem [quarta-feira]?”, questionou.

André Ventura lamentou a morte de uma cidadã numa cave, em Algés, concelho de Oeiras, e a situação dos muitos automobilistas e transeuntes que “viram a sua vida em perigo real, uns que não conseguiram sair do carro, outros que se viram apanhados em verdadeiros dilúvios e torrentes de água”.

“Como é que é possível? O que é que andamos a fazer para evitar isto?”, argumentou.

O líder do Chega opinou “o que custa às pessoas” é que apesar dos avisos desde a semana passada de um aumento da precipitação e maior pressão sobre as infraestruturas não se viu “absolutamente nada”.

Por isso, “as pessoas perguntam e com legitimidade: ‘O dinheiro dos nossos impostos anda a servir para quê?’, sublinhou.

Ventura vincou que Portugal tem “das maiores cargas fiscais da Europa, bate o recorde em carga fiscal no ano passado e o que as pessoas sentem é que basta vir um bocadinho mais de calor e temos incêndios incontroláveis, um bocadinho mais de chuva e temos cheias incontroláveis”.

“A cidade de Lisboa estava literalmente bloqueada” quarta-feira, enfatizou.

Também censurou que neste cenário, o Presidente da República e o presidente da Câmara de Lisboa estivessem a falar da aprovação de um “projeto de uma obra estrutural que supostamente iria resolver as coisas”.

O mau tempo registado em Portugal na última noite provocou um total de 1.977 ocorrências, destacando-se o distrito de Lisboa com 913, anunciou hoje Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) elevou, nos distritos de Lisboa, Leiria, Setúbal, Santarém e Faro, os avisos de amarelo para laranja a partir das 00:00 de sexta-feira devido ao mau tempo.

André Ventura chegou quarta-feira à Madeira, participou num jantar com militantes e simpatizantes, no Funchal, e regressa hoje a Lisboa.


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