Autor: Lusa / AO online
No seu discurso na sessão comemorativa do 5 de Outubro, Cavaco Silva sublinhou que todos os cidadãos devem ser tratados "no respeito pelos princípios da igualdade e da dignidade humana inscritos na Lei Fundamental".
Por outro lado, disse, "ninguém está acima da lei e dos imperativos patrióticos de cidadania".
"Daí a necessidade de não baixarmos os braços na defesa da ética republicana e dos valores da integridade, prevenindo e combatendo a corrupção ou situações menos transparentes de relacionamento entre o poder público e os interesses privados", apelou.
Segundo Cavaco Silva, "ninguém pode eximir-se do dever de contribuir para o bem comum", sobretudo nos momentos em que todos, sem exceção, são chamados "a fazer pesados sacrifícios, em nome de um futuro melhor para Portugal e para as gerações vindouras".
"É imperioso mantermos a coesão da nossa república, bem como a confiança dos portugueses nas suas instituições", defendeu, na cerimónia, que decorre este ano no Salão Nobre da Câmara Municipal de Lisboa.
Do mesmo modo, advertiu, "ninguém possui o monopólio da ética, ninguém pode arvorar-se em proprietário da moral pública".
"Nas conjunturas de crise, há sempre quem pretenda cultivar e tirar proveito de sentimentos adversos às instituições, contribuindo de forma irresponsável para aprofundar o distanciamento e o desinteresse dos cidadãos pela vida coletiva de uma República a que todos pertencemos", sustentou.
Considerando que é essencial "criar as bases de uma cidadania mais esclarecida e mais informada", Cavaco Silva defendeu que "não só os governantes têm um especial dever de informação junto dos cidadãos, como a sociedade civil e a comunicação social devem ter consciência das suas responsabilidades".
-
Governo dos Açores lança concurso para construção de 22 moradias em Ponta Delgada
-
Cultura e Social
“Penso em comédia desde o momento em que acordo até ao momento em que me deito”