Açoriano Oriental
Carlos César considera "ridícula" verba de Bruxelas para o leite em Portugal
O cabeça de lista do PS/Açores às eleições legislativas nacionais considerou hoje ser uma "verba ridícula" o montante que a União Europeia destinou a Portugal no âmbito do pacote de ajudas aos produtores de leite.

Autor: LUSA/AO online

Em declarações aos jornalistas no âmbito de uma ação de campanha na cidade da Lagoa, na ilha de São Miguel, Carlos César considerou que o montante atribuído “ilustra bem a incapacidade” do atual Governo da República de defender os interesses do país junto de Bruxelas, designadamente o setor primário.

Portugal vai receber 4,8 milhões de euros de ajudas para apoiar o setor do leite e produtos lácteos, de um total de 420 milhões distribuídos por todos os Estados-membros, foi hoje divulgado em Bruxelas.

A partição por Estado-membro dos 420 milhões de euros foi calculada em função das quotas de produção de 2014, regime que foi abolido no dia 31 de março, disse o comissário europeu para a Agricultura, Phil Hogan.

À saída do Centro de Saúde da Lagoa, o também presidente do PS preconizou uma “maior articulação” entre os serviços nacional e regional de saúde.

Carlos César defendeu a necessidade de os doentes dos Açores “serem tratados como portugueses e não como cidadão estrangeiros, como tem até agora acontecido”, quando forem obrigados a deslocar-se ao continente, por insuficiência de meios na região.

“Esse é um primeiro compromisso que o PS/Açores assume nesta eleição legislativa: repor a condição de cidadãos portugueses aos doentes açorianos deslocados no continente”, declarou o candidato.

Carlos César considerou também ser necessário, no que se refere às responsabilidades do Governo da República, ser dada uma atenção especial ao ensino superior, uma vez que o Ministério da Educação tem deixado as universidades, em particular a academia açoriana, numa situação de “grande défice que prejudica claramente” o seu funcionamento.

O socialista falou ainda das empresas e apontou ser “fundamental” que no país se complemente o esforço que tem sido feito na região (cujo executivo é liderado pelo PS), através da simplificação de procedimentos, uma vez que estes fatores “muito têm impedido que as nossas empresas desenvolvam a sua atividade com maior eficiência”.

O cabeça de lista do PS/Açores entende que o Estado, através da diplomacia e da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), pode gerar mais investimento estrangeiro na região e que podem ser detetados mercados essenciais para escoar produtos da economia açoriana.

“São estes compromissos que deixo às instituições de saúde, às autoridades escolares e às empresas com que tenho contatado”, disse Carlos César.

Sobre o debate que terá lugar na rádio, na quinta-feira, entre os líderes do PSD e do PS, o dirigente socialista afirmou que Pedro Passos Coelho é quem está em avaliação.

“Deverá com certeza fazer o que fez até hoje, ou seja, sacrificar a vida das famílias portuguesas, conduzir à insolvência milhares e milhares de empresas, daí resultando uma situação inédita no contexto europeu e no contexto português, que é a quebra progressiva do PIB [Produto Interno Bruto]”.

O candidato sublinhou, por exemplo, que, “no último trimestre conhecido, Portugal cresceu metade do que a sua vizinha Espanha” e “menos do que a Grécia, que é o país em situação mais crítica da União Europeia”.

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