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"Campanha molhada, campanha abençoada", acredita o PS

O líder do PS/Açores, Vasco Cordeiro, não se deixou esta sexta feira demover pela chuva e, em São Jorge, procurou, em contactos de rua, conquistar o voto de eventuais indecisos na procura de um eventual segundo deputado eleito pela ilha.

"Campanha molhada, campanha abençoada", acredita o PS

Autor: AO Online/ Lusa

"Campanha molhada, campanha abençoada", diria o candidato aos jornalistas depois de andar mais de dez minutos debaixo de uma forte intempérie no Norte Grande, freguesia do concelho das Velas.

Acompanhado por candidatos do partido por São Jorge e por alguns elementos da campanha na ilha, Vasco Cordeiro foi dando indicações sobre a caminhada - mais que uma vez pediu a um dos carros do PS para avançar e liderar a comitiva - e regularmente chamava para seu lado a número um jorgense para as eleições de dia 25, Isabel Teixeira.

Durante a caminhada, Vasco Cordeiro ia perguntando aos socialistas locais pelo trajeto a seguir e, numa das ocasiões, voltou para trás depois de escutada a dica: "Aí não há nada. Esses [eleitores] já são nossos".

Aos jornalistas, o candidato do PS que aspira a um terceiro mandato como presidente do Governo dos Açores abordou hoje dois temas em concreto: a questão ambiental e as pescas.

No que refere à componente ambiental, Vasco Cordeiro abordou as fajãs de São Jorge e o "compromisso do manifesto" socialista de criar um centro interpretativo para, "no domínio do turismo" e "aproveitando esse potencial imenso", ser valorizada a notoriedade dos Açores.

"Quando falamos nesta ideia de aproveitar os recursos próprios da região, não nos estamos a referir apenas aos aspetos mais facilmente apreendidos como tal", prosseguiu, dando como exemplo nesta matéria a pesca.

Esta foi a segunda vez no período oficial de campanha que o PS passou por São Jorge, mas Vasco Cordeiro diz que tal representa um "processo de campanha eleitoral normal".

Em 2016, os votos em São Jorge, por onde, como agora, são eleitos três deputados, deram uma eleição tripartida para a Assembleia Legislativa dos Açores: PS, CDS e PSD conquistaram cada um o seu assento no parlamento da região.

Um par de horas depois da passagem pelo Norte Grande, a comitiva socialista passou pelo edifício da Lotaçor nas Velas, tendo o líder do partido lembrado que, entre 2012 e 2019, foi duplicado "o preço médio na primeira venda em lota" de peixe, "passando de cerca de 2 euros para cerca de 4 euros".

Depois, Vasco Cordeiro destacou diversos investimentos feitos nos últimos anos nesta área, falando, por exemplo, no entreposto frigorífico de São Jorge e em outros equipamentos na Madalena, Ponta Delgada ou Vila do Porto.

Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).

O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.

Estão inscritos para votar 228.999 eleitores.

O PS governa a região há 24 anos, tendo sido antecedido pelo PSD, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.

Vasco Cordeiro, líder do PS/Açores e presidente do Governo Regional desde as legislativas regionais de 2012, após a saída de Carlos César, que esteve 16 anos no poder, apresenta-se de novo a votos para tentar um terceiro e último mandato como chefe do executivo.



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