Açoriano Oriental
Câmara de Ponta Delgada celebra protocolo com Universidade dos Açores
A Câmara Municipal de Ponta Delgada aprovou hoje, por unanimidade, o estabelecimento com a Universidade dos Açores de um protocolo para que a instituição de ensino superior passe a ser prestadora de serviços à autarquia nas áreas que domina.

Autor: Lusa/AO Online

“O convénio que agora celebramos com a Universidade dos Açores, numa minuta proposta pelo magnífico reitor, estabelece o relacionamento da Câmara Municipal com a universidade não apenas no âmbito protocolar de apoios e subsídios, mas antes numa nova perspetiva, que passa por fazer da universidade um centro de excelência e capacitação de prestação de serviços”, afirmou à Lusa o presidente da Câmara, José Manuel Bolieiro.

O autarca social-democrata, que falava após a última reunião de Câmara em 2015 e que foi aberta ao público, considerou que todos os departamentos da universidade açoriana possuem “comprovada excelência e capacitação” para auxiliar a Câmara Municipal nas suas competências e decisões.

“Estamos a dar um sinal que valorizamos muito a instituição. Ela é no nosso reconhecimento e relação pública um pilar de desenvolvimento e progresso dos Açores”, afirmou José Manuel Bolieiro, acrescentando que a existência de um polo da academia em Ponta Delgada constitui uma vantagem, “não apenas na docência, mas também na própria economia global da cidade e do concelho”.

A Universidade dos Açores tem três polos na região dispersos pelas ilhas de São Miguel, Terceira e Faial.

Salientando que até agora o relacionamento da autarquia com a Universidade dos Açores era “muito avulso”, limitando-se a apoios a publicação de livros entre outros, José Manuel Bolieiro referiu que este convénio pressupõe o pagamento inicial de 3.500 euros pela autarquia.

Apesar deste acordo de colaboração ter sido votado por unanimidade, os vereadores socialistas criticaram o facto de a Câmara continuar a contratar serviços a outras entidades fora da região para a elaboração de estudos, como é o caso da Sociedade Portuguesa de Inovação.

“Um dos princípios do convénio é que se dinamize a economia local pedindo estudos à Universidade dos Açores. Porquê pedirmos também estudos sobre assuntos em que a própria academia tem capacidade para dar resposta a empresas exteriores à região?”, questionou o vereador socialista Nuno Miranda.

Para o presidente da Câmara a oposição tentou “polemizar o que não é polémico”, assegurando que a autarquia irá cumprir todas as obrigações da contratação pública e o que se pretende com o convénio é “encontrar oportunidades e estimular a universidade a oferecer os seus serviços para a contratação pública, de acordo com as regras da transparência”.

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