Autor: Lusa/AO Online
“Considerando a falta de abastecimento à ilha das Flores desde o dia 06 de setembro, o executivo municipal exige esclarecimentos à secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, relativamente ao ponto de situação da operacionalidade do navio Margarethe, com vista à regularização do abastecimento à ilha das Flores”, refere-se em nota de imprensa.
Segundo a autarquia, na sequência de contactos com operadores económicos locais, estes “reportaram as dificuldades atuais e prejuízos ainda a calcular”.
A Câmara Municipal das Lajes das Flores ressalva que, face “às recentes e constantes afirmações da exclusividade do navio, não se concebe que se verifiquem os constantes atrasos”, prejudicando “não só os comerciantes como os florentinos que aguardam a chegada da sua mercadoria”.
A autarquia recorda que, na visita estatutária do Governo Regional, em junho, o executivo “alertou a tutela para os constrangimentos que já se sentiam”, uma vez que os navios Margarethe e Thor B “praticavam escalas coincidentes e o navio Margarethe não operava no dia da semana definido”.
“Este pedido de regularização foi também reforçado mais recentemente em contacto com o Governo Regional”, ressalva o município, sustentando que “uma vez mais a ilha das Flores é esquecida e os florentinos são prejudicados por falhas que deveriam ser acauteladas”.
No passado dia 11 de setembro, e depois de confrontada com críticas aos atrasos no abastecimento da ilha das Flores, a secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas explicou que o navio Margareth vai às Flores “sempre que recebe a carga de Lisboa”, mas, se a carga chegar atrasada, “ele chega atrasado”.
“O Margareth está sempre disponível logo que receba a carga de Lisboa para seguir para as Flores e abastecer", frisou Berta Cabral.