Autor: Lusa/AO Online
“As propostas de Plano e Orçamento para o ano de 2025 são robustas nos seus montantes e realistas nos objetivos que queremos alcançar. Por isso, opto aqui, e com firmeza, por uma mensagem positiva. Basta de bota abaixo. Elevemos os Açores para cima. É para isso que queremos continuar a liderar”, afirmou José Manuel Bolieiro (PSD).
O presidente do Governo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) falava na Assembleia Legislativa, na Horta, durante as intervenções finais do debate do Plano e Orçamento da região para 2025, apresentado pelo Governo de coligação que lidera, onde também destacou os resultados da governação.
No seu discurso, referiu que em 2025 “o investimento público ascenderá a 964 milhões de euros”.
“Queremos aproveitar em pleno todas as oportunidades de financiamento europeu. Para nós, um Orçamento não é um fim em si mesmo. É mesmo um instrumento de desenvolvimento”, declarou.
Para Bolieiro, a coesão dos Açores, seja ela económica, social ou territorial, “deve mobilizar todos os atores sociais e agentes económicos”.
“Move-nos a firme vontade de promover o desenvolvimento harmonioso dos Açores, de todas as ilhas, de Santa Maria ao Corvo. Move-nos o propósito de melhorar a qualidade de vida dos açorianos”, afirmou.
O líder do executivo regional salientou que o diálogo é a “marca indelével” da sua governação, não só com os partidos, como com os parceiros sociais.
Depois, deu conta dos resultados alcançados pelo executivo que lidera (desde 2020 até ao momento), salientando que a “Autonomia de Responsabilização” é “uma mudança de paradigma na visão democrática autonómica” e “uma mudança de paradigma na relação entre a despesa pública e a atividade e iniciativas privadas”.
“A progressiva desgovernamentalização da economia açoriana e da sociedade açoriana está a dar os seus resultados”, observou.
Entre outros exemplos, referiu que o governo diminuiu os impostos e vai manter a medida em 2025, apesar de saber que “se perde potencial de receita fiscal”.
No plano social destacou que a governação inovou “com sucesso”, salientando a criação do programa Novos Idosos e “os aumentos robustos de todos os apoios às famílias e doentes deslocados”.
O presidente do governo açoriano aludiu também à condição ultraperiférica da região, que causa “constrangimentos inultrapassáveis”, e salientou que os Açores precisam “da solidariedade nacional, como o país necessita da solidariedade europeia”.
“Mas queremos, ainda assim, transformar esta narrativa dos Açores perante o país e o mundo. Ela não é, nem pode ser, única. No meio do [Oceano] Atlântico somos uma centralidade. Como ilhas, e perante o país e a Europa, somos dimensão marítima grandiosa no Atlântico”, vincou.
E depois de referir que “56% do mar português é dos Açores”, concluiu: “Portanto, não somos pequenos”.
“E se olharmos o território espacial temos também outra dimensão grandiosa. Em vez de mera região económica de necessidades, queremos passar a ter geografia e economia de oportunidades”, rematou.
O Orçamento dos Açores para 2025, que define as linhas estratégicas do executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM para o próximo ano, atinge os 1.913 milhões de euros, dos quais cerca de 819 milhões são destinados aos investimentos previstos no Plano.
Os documentos foram discutidos entre segunda-feira e esta quarta-feira e amanhã, quinta-feira, começam a ser votados