BE/Açores volta a defender acordo entre SATA e TAP

O BE/Açores voltou a insistir num “acordo estratégico” entre a TAP e a SATA para evitar a privatização da Azores Airlines, cujo processo está em curso, ou mesmo o seu encerramento



O Bloco de Esquerda considerou que o Governo Regional “deve procurar uma negociação com o Governo da República que garanta um acordo estratégico entre a TAP e a SATA que evite a privatização ruinosa da Azores Airlines ou o desastre que será o seu encerramento”.

Por outro lado, na sequência da intenção anunciada pela operadora de baixo custo Ryanair de abandonar as rotas com os Açores, o Bloco, em nota de imprensa, defendeu que se torna “ainda mais clara a irresponsabilidade total do Governo Regional quando coloca o encerramento da SATA como única alternativa à privatização”.

A Ryanair anunciou "que irá cancelar todos os voos de/para os Açores a partir de 29 de março de 2026, devido às elevadas taxas aeroportuárias (definidas pelo monopólio aeroportuário francês ANA) e à inação do Governo português, que aumentou as taxas de navegação aérea em +120% após a Covid e introduziu uma taxa de viagem de dois euros, numa altura em que outros Estados da União Europeia (UE) estão a abolir taxas de viagem para garantir o crescimento de capacidade, que é escasso".

“Significaria isso, para além dos brutais custos diretos do encerramento, que os Açores ficariam totalmente dependentes da TAP – também ela em processo de privatização parcial – para as suas ligações com o território continental e Madeira e nas mãos de empresas multinacionais milionárias, como a Ryanair, que não hesitarão em extorquir subsídios do orçamento dos Açores”, acrescentou o BE/Açores.

Segundo esta força partidária, a Ryanair “apenas voa para os Açores porque recebe subsídios públicos e sempre usou a chantagem como meio de extorquir avultados subsídios a uma região periférica e com poucos recursos”.

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