Autor: Lusa/AO Online
Na quinta-feira, o navio que abastece a ilha não conseguiu descarregar a mercadoria porque o porto está “praticamente sem quebra-mar”, após a destruição de 2019 feita pelo furação Lorenzo ter sido agravada pela tempestade de sábado.
O diretor regional da Mobilidade adiantou à Lusa que "na próxima quarta-feira", o navio "deverá voltar outra vez às Flores" para uma nova tentativa de atracagem.
Rui Coutinho disse também que "além do voo normal de hoje, que transporta bens perecíveis, a SATA vai realizar, esta tarde, um voo de reforço com 800 quilos de bens perecíveis para a população da ilha das Flores.
Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores afirmou que o constrangimento na operação do navio que abastece a ilha, devido ao mau tempo, "é uma situação que preocupa muito".
"Os comerciantes estão preocupados, nós estamos preocupados e as pessoas estão preocupadas", sustentou José Carlos Mendes (PS).
O autarca disse que o voo de reforço, previsto para esta tarde, "não representa rigorosamente nada", ainda para mais numa época de Natal, quando "as encomendas são reforçadas".
"Os contentores estão em São Miguel. O barco só deverá voltar às Flores na quarta-feira. Ainda não faltam bens de primeira necessidade mas, a partir de agora, as coisas vão começar a ficar mais difíceis", considerou o presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores.
Lembrando que está em causa o único porto comercial da ilha, o autarca assinalou que a ponte-cais "necessita de uma proteção para se poder operar" com mau tempo.
"O porto foi destruído há três anos e levamos três anos a fazer a ponte-cais, mas no inverno o mar não está calmo", alertou, referindo-se à destruição da infraestrutura portuária, na sequência da passagem, em 2019, do furacão Lorenzo.
Também o presidente da Câmara Municipal das Lajes das Flores disse estar "a acompanhar a situação".
"O problema é o estado do mar, uma vez que o porto foi reaberto", referiu à Lusa o autarca Luís Maciel (PS).
Segundo o autarca, devido ao mau tempo a ilha "é pontualmente" afetada com "a falta de alguns bens".
"Mas esta situação acontece ocasionalmente. E, agora é natural que haja rotura de algum bem. Mas os bens essenciais não estão a faltar e há garantia do Governo de acionar outros meios", sustentou Luís Maciel.