Autor: Lusa/AO online
“Este é um problema que se agrava a cada dia que passa”, afirmou Sandro Paim, em declarações à Lusa, acrescentando que “a ilha continua a ser afetada com cortes de energia elétrica e a EDA continua sem dar explicações plausíveis”.
A EDA revelou esta segunda-feira que a "indisponibilidade parcial” de energia elétrica na ilha Terceira, ocorrida cerca das 19:30 de domingo, foi originada por uma avaria “no sistema de alimentação de corrente contínua aos Grupos 5 a 8 da Central de Belo Jardim”.
A elétrica açoriana revelou ainda, numa nota de imprensa, que já contratou o fornecimento de um novo sistema que “confira fiabilidade à operação”, prevendo que possa estar em funcionamento até final do ano.
“Da mesma forma, está já delineado um conjunto de outras ações de melhoria para a Central de Belo Jardim, que permitirá sanar em definitivo as sucessivas avarias que se têm verificado”, acrescentou a EDA.
Sandro Paim salientou, no entanto, que a ilha Terceira esteve domingo sem eletricidade durante várias horas, em dois períodos do dia, referindo que os cortes no fornecimento de energia elétrica originaram várias reclamações de associados da Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo.
“É uma situação insólita, que, nos tempos atuais, não faz qualquer sentido e só demonstra que não houve um bom planeamento por parte da companhia, quer na rede quer nos geradores”, frisou, salientando que os consumidores desta ilha dos Açores “continuam a ter um serviço deficitário, mas a pagar como qualquer cliente”.
Um inquérito recente promovido pela CCAH revelou que cerca de 90 por cento dos empresários da Terceira estão insatisfeitos com a EDA e que os cortes no fornecimento de energia provocaram danos nos equipamentos e prejuízos nas empresas que chegam a ultrapassar 5.000 euros.
Na sequência destas conclusões, Sandro Paim referiu que a Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo vai apresentar uma queixa conjunta das empresas da ilha Terceira.