Autor: Lusa/AO Online
Ricardo Pocinho, presidente da ANGES, instituição que comemorou 13 anos, explicou que estas unidades se destinam a “prevenir a institucionalização, evitar a solidão, promover a melhoria do estado de saúde e o bem-estar geral das pessoas com 65 ou mais anos, através de uma abordagem integrada, preventiva e baseada na evidência”.
Numa nota enviada à agência Lusa, a ANGES refere que “num momento em que muito se discute sobre práticas menos adequadas em lares de idosos, muitas vezes fruto da escassez de profissionais e da sobrecarga na procura por respostas institucionais, os centros de longevidade surgem como uma alternativa viável e ética, centrada na promoção da autonomia, do envelhecimento ativo e do apoio comunitário”.
“Os projetos que tenho coordenado em Portugal, Brasil e Cabo Verde demonstram ganhos significativos na saúde física, no bem-estar subjetivo e na qualidade de vida dos utilizadores”, adiantou Ricardo Pocinho, citado não comunicado.
As ações promovidas passam por estímulo cognitivo, treino de mobilidade, manutenção da funcionalidade e reforço dos papéis sociais, atividades que demonstram “ser eficazes na promoção da autonomia e qualidade de vida, sendo apontadas como a única resposta com real capacidade para evitar a rutura do sistema de apoio social aos idosos e o colapso progressivo do Serviço Nacional da Saúde”.
Atualmente, a comparticipação da Segurança Social é de 523,29 euros, por pessoa em lares de idosos e 155,82 euros por pessoa, em centros de dia. “Os projetos da ANGES, com um custo médio de apenas 52 euros por pessoa, demonstram ser sustentáveis, eficazes e com elevado retorno social e económico. A ANGES apela ao Governo para que os centros de longevidade sejam reconhecidos como resposta oficial, integrada na rede pública de serviços sociais, com a devida comparticipação do Estado.