“Não se verificaram quaisquer indícios de violação das boas práticas médicas pelos profissionais de saúde envolvidos, que se encontravam no serviço de Urgência do hospital do Divino Espírito Santo, nos dias 29 de fevereiro e 01 de março, quando a utente recorreu ao serviço”, adianta a secretaria tutelada por Rui Luís, salientando não haver indícios de negligência.

Em causa está a morte de uma mulher de 49 anos que recorreu por duas vezes às urgências do hospital de Ponta Delgada, queixando-se de dores no peito, tosse e cansaço.

Segundo o marido, José Carlos Vieira, que falou à RTP/Açores, em ambos os casos a mulher foi mandada para casa sem que tivessem sido efetuados os exames de diagnóstico necessários para apurar as causas do seu estado de saúde.

Na informação hoje disponibilizada à Lusa, a secretaria regional esclarece que pediu o processo de inquérito, aberto pela Inspeção Regional de Saúde a 08 de março e concluído a 16 de novembro.

“Os factos foram submetidos a uma peritagem cega por um perito médico proveniente do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, nomeado pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde”, refere a nota, acrescentando que “durante o processo de inquérito, além da prova documental, foram ouvidas oito testemunhas”.

As conclusões remetidas pela Inspeção Regional da Saúde apontam para a não verificação da violação das boas práticas médicas pelos profissionais de saúde, “ou seja, não há indícios de negligência”, pelo que se arquivou o processo de inquérito.

A Secretaria Regional da Saúde dos Açores acrescenta que “foi dado conhecimento das conclusões aos familiares e ao hospital”.