Autor: Lusa/AO Online
Na TVI, o antigo líder do PSD Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que a coligação PSD/CDS-PP poderá “ter uma derrota histórica” e “muito assinalável”.
“É uma derrota histórica para coligação, mas o PS não teve uma vitória histórica”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, que liderou os sociais-democratas entre 1996 e 1999, destacando também “a vitória monumental” que a CDU poderá vir a alcançar em relação ao Bloco de Esquerda.
Marcelo Rebelo de Sousa considerou também que “as coligações podem ser muito boas em determinados contextos, mas há momentos em que podem ser redutoras”.
“Não é líquido que a coligação seja sempre a melhor maneira para partidos isolados”, disse avançando com a possibilidade de um Governo de Bloco Central nas próximas eleições legislativas, caso se confirmem nas europeias os resultados das projeções.
“Se isto fosse assim em legislativas, mas ainda falta um ano e meio, realmente um Governo de Bloco de Central, um Governo de ajustamento entre o PS, que porventura acha que vai ganhar, pode ganhar e não tem maioria absoluta, um PSD que vai fazer tudo para ter uma vitória somado com os votos do CDS, mas também não chega à maioria absoluta”.
Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que os resultados podem “mostrar que o país está muito dividido, muito fragmentado e muito crítico e, no fundo, um bocadinho desiludido com os políticos em geral”.
O antigo líder do PSD e comentador na TVI falou ainda dos possíveis resultados do MPT, realçando que Marinho e Pinto “fez um campanha com um mérito enorme”.
Na SIC, o ex-líder do PSD Luís Marques Mendes admitiu que estava à espera que a coligação Aliança Portugal ficasse abaixo dos 30%, mas reconheceu que, de qualquer forma, deverá ser “uma derrota pesada”.
Marques Mendes, que liderou o PSD entre 2005 e 2007, assinalou ainda que “obviamente” o PS é o vencedor, mas ressalvou que se os resultados forem extrapolados para o plano nacional constituem “uma deceção”.
“António José Seguro tinha dois problemas, o problema da liderança não se vai colocar porque ganhou, mas não se afirmou como alternativa”, referiu.
Quando aos outros partidos, Marques Mendes concordou que a eleição de Marinho e Pinto, pelo MPT, é “a grande surpresa da noite” e uma “vitória pessoal” do antigo bastonário da Ordem dos Advogados, enquanto a CDU deverá obter “um belíssimo resultado”, ao contrário do BE que deverá ter “uma derrota pesadíssima”.