Açoriano Oriental
Administração dos Estaleiros de VIana garante que está tudo pago até 2012
A administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) negou hoje a existência de qualquer valor em dívida à empresa Atlânticoline, garantindo que até ao final de 2012 todos os pagamentos estão regularizados.
Administração dos Estaleiros de VIana garante que está tudo pago até 2012

Autor: Lusa / AO online

“Os ENVC negam a existência desse valor. Até 31 de dezembro de 2012 todos os valores estão regularizados e mesmo após essa data não seria esse o montante a liquidar”, garantiu fonte da administração da empresa à Agência Lusa.

O presidente da Atlânticoline, Carlos Reis, afirmou hoje que os ENVC “estão em falta” no pagamento de sete milhões de euros do acordo relativo aos navios Atlântida e Anticiclone.

“Mantínhamos um bom diálogo com a anterior administração dos ENVC e sempre conseguimos encontrar plataformas para acolher as dificuldades de pagamento verificadas”, afirmou Carlos Reis, acrescentando que já existe “um prazo dilatado de mora”.

Na sequência da situação, o presidente da Atlânticoline admitiu que a empresa, responsável pelo transporte marítimo de passageiros e viaturas entre as ilhas dos Açores, “não pode aguardar muito mais tempo”.

Segundo Carlos Reis, a empresa açoriana “não quer enveredar pelo caminho da execução e da penhora”.

Confrontada com esta posição, a administração dos ENVC acrescentou que, “mesmo sem qualquer dívida por regularizar”, tratando-se no caso de duas empresas “integralmente de capital público”, o “superior interesse público” deverá “sobrepor-se ao interesse meramente comercial”.

O governo regional dos Açores e os Estaleiros Navais de Viana do Castelo anunciaram a 23 de dezembro de 2009 um acordo relativo aos navios Atlântida e Anticiclone, pelos quais a empresa nortenha pagaria 40 milhões de euros à Atlânticoline em várias prestações.

Este processo teve início quando o governo dos Açores encomendou aos ENVC a construção do Atlântida e do Anticiclone, que seriam utilizados na operação de transporte marítimo de passageiros entre as ilhas do arquipélago.

Na sequência dessa encomenda, o Executivo açoriano já tinha pago 37,3 milhões de euros quando, em abril de 2009, decidiu rejeitar o primeiro navio que ficou concluído – Atlântida - por ficar 1,4 nós abaixo da velocidade máxima estipulada, de 18 nós.

Já este ano, na viagem entre Viana do Castelo e Lisboa, o ‘ferry’ superou esta velocidade, enquanto realizava novas provas de mar.

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