Açoriano Oriental
‘Acorrentados’ de Ana Cosme no Teatro Micaelense

Ana Cosme vai colocar em palco os seus 104 alunos para um espetáculo de dança dramático, mas com final feliz

‘Acorrentados’ de Ana Cosme no Teatro Micaelense

Autor: Susete Rodrigues

O Teatro Micaelense é palco amanhã, pelas 21h30, do espetáculo de dança “Acorrentados”, de Ana Cosme.

Esta nova composição coreográfica de Ana Cosme, que dá continuidade ao trabalho formativo e artístico, vai juntar em palco os seus 104 alunos, com idades entre os 4 e os 18 anos. 

Em entrevista ao jornal Açoriano Oriental, Ana Cosme afirma que é um “espetáculo dramático e muito intenso porque esta é a “minha maneira de trabalhar, mas tem sempre um final feliz”, explicando ainda que “Acorrentados” fala da “vida de todos nós. Aquelas correntes que nos amarram, que nos sufocam, em contraste com aquelas que nos transformam, que nos libertam, quando se faz aquela abordagem de quando falamos da energia positiva e do amor porque penso que o amor, quando é verdadeiro, pode ajudar, pode salvar, pode fazer muitas coisas”.

Ana Cosme refere que num mundo real, “as correntes são invisíveis, mas na magia do palco, as correntes fazem um grande efeito visual e ajuda o público a compreender os vários momentos que vão acontecer ao longo do espetáculo”. 

O espetáculo de amanhã terá  três situações distintas, nomeadamente “aquelas pessoas que estão acorrentadas e que por si só conseguem-se libertar; aquelas pessoas que estão acorrentadas e que com alguma ajuda conseguem se libertar e depois há o que acontece na vida real, ou seja, aquelas pessoas que estão acorrentadas e irão continuar sempre acorrentadas”. afirmou. 

No espetáculo, Ana Cosme faz também uma abordagem à “metamorfose da borboleta, no sentido de casulo e depois a transformação da borboleta, numa coisa bonita”.

Questionada sobre como decorreram os ensaios,Ana Cosme adianta que foram “muito intensos e difíceis porque elas vão dançar com muitas correntes, elas estão amarradas às correntes, dançam com as correntes e não é fácil”, portanto, foi “preciso trabalhar muito para parecer que é fácil”. Por outro lado, Ana Cosme diz que nem sempre é fácil gerir tantas pessoas em palco, salientando que “tenho um lado muito meigo, mas depois tenho um lado muito ‘general’, no sentido de estar tudo muito coordenado, porque a música não para”. Mas, em termos gerais, tudo “funciona muito bem”.

Sobre as suas expectativas para a noite de amanhã, Ana Cosme sublinha ser uma pessoa “muito positiva e faço o que me sai da alma”, “Damos sempre o nosso melhor - eu e os meus alunos - porque o esforço é enorme e espero que o público goste”.

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