Açoriano Oriental
Açores reiteram disponibilidade para colaborar com República sobre expansão do aeroporto da Horta

O presidente do executivo dos Açores reafirmou, esta segunda-feira, a disponibilidade da região em colaborar com o Governo da República para cofinanciar um projeto de estudo sobre a ampliação da pista do aeroporto da Horta, no Faial.

Açores reiteram disponibilidade para colaborar com República sobre expansão do aeroporto da Horta

Autor: Lusa/AO Online

"Ficou aqui confirmado o envolvimento deste Governo com a disponibilidade de corresponder junto com o Governo da República a cofinanciar um estudo que valorize com realismo aquilo que é a sua operabilidade no aeroporto da Horta, que está concessionado à ANA/VINCI e que tem por isso uma responsabilidade também da República", afirmou José Manuel Bolieiro.

O chefe do executivo açoriano de coligação PSD/CDS-PP/PPM falava no Palácio de Sant’Ana, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, após ter recebido, numa audiência de cumprimentos, o novo presidente da Câmara Municipal da Horta, Carlos Ferreira.

"Este Governo, ao contrário da prática anterior, está disponível, fez saber ao Governo da República, para cooperar na dimensão em que das palavras se passem aos atos e nada melhor do que estudar com rigor o potencial da operabilidade do aeroporto da Horta", sublinhou José Manuel Bolieiro, referindo que a disponibilidade do executivo açoriano foi manifestada "no final do verão".

Segundo disse, o Governo da República "tem conhecimento por escrito que o Governo Regional está disponível para colaborar no custo deste estudo" sobre a pista do aeroporto "até 40%" do valor.

"Aliás, o orçamento para 2022 já propõe uma verba que para nós é uma estimativa correspondente àquilo que possa vir a ser o custo deste estudo", acrescentou.

O presidente do Governo Regional vincou que "a disponibilidade" do executivo açoriano já "está comunicada e agora depende mais do Governo da República".

"E é compreensível que nesta fase, perante a dissolução da Assembleia da República e marcação de eleições legislativas a breve prazo, isso possa não estar na ordem do dia do atual Governo, mas espero que possa estar na ordem de prioridades do próximo Governo", disse.

Na audiência com o autarca da Horta, o chefe do executivo açoriano sublinhou ter ficado "bem patente" um "compromisso de entendimento entre o Governo e o município”.

Por seu lado, o presidente da autarquia mostrou-se também preocupado a questão dos voos para a ilha do Faial, tendo José Manuel Bolieiro referido que existirão "a breve prazo boas notícias a apresentar pela SATA", a transportadora aérea açoriana.

No que se refere à segunda fase da variante à cidade da Horta, o chefe do executivo açoriano reafirmou o objetivo de “fazer corresponder”, com cofinanciamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), os anseios da população local, considerando este um projeto “muito importante para o desenvolvimento da ilha”, da sua economia e da segurança na circulação rodoviária.

“É nosso entendimento que a ilha do Faial é fundamental no quadro das acessibilidades e da dimensão atlântica que tem a sua história”, sublinhou.

O presidente da Câmara Municipal da Horta, Carlos Ferreira, eleito pela coligação PSD/CDS/PPM, sublinhou que na reunião foram analisadas questões que "são estruturantes para o desenvolvimento da ilha do Faial e para o município".

"Registei com agrado, por parte do município, a resposta que o Governo Regional, através do presidente do Governo deu ao Governo da República relativamente à importância da melhoria da operacionalidade do aeroporto da Horta e à disponibilidade do Governo para ser parceiro no estudo", assinalou.

Além das acessibilidades, o processo da segunda fase de reordenamento do porto da Horta foi também um dos assuntos analisado na audiência entre o autarca e o chefe do executivo açoriano.

Carlos Ferreira referiu que se “aguarda que o Laboratório Nacional de Engenharia Civil responda às questões adicionais que foram colocadas pela Portos dos Açores relativamente à obra no espelho da água do porto”, mas disse ter enfatizado junto do presidente do Governo açoriano “a necessidade" de se avançar com a criação de uma infraestrutura de reparação naval em terra, potenciando "em torno do porto da Horta um novo polo de desenvolvimento e de criação de emprego na ilha, aproveitando também o inicio do funcionamento da Escola do Mar dos Açores".


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