Autor: Rui Jorge Cabral
Moura reencontrou então o seu rival nos Açores, Fernando Peres e agora tinha de se bater com os grandes nomes do nacional na época como Bruno Magalhães, Adruzilo Lopes e o madeirense Bernardo Sousa. Contudo, o talento de Ricardo Moura no nacional de ralis revelou-se ainda mais depressa do que se tinha revelado no regional.
“Logo em 2009, no primeiro rali que fiz, consegui vários segundos tempos à geral, atrás da equipa oficial da Peugeot e dei indicadores de que, com alguma experiência acumulada poderia ser competitivo”, recorda Ricardo Moura.
Na segunda época ganha o seu primeiro título nacional no Grupo N e no ano seguinte, em 2011, conquista pela primeira vez o título absoluto. Claro que enquanto houve carros S2000 (antecessores dos R5) no nacional de ralis, Moura não podia aspirar ao título absoluto, mas mal esta oportunidade surgiu, em 2011 e 2012, anos em que só houve carros de Grupo N e 2 Rodas Motrizes, Moura não deu hipóteses a ninguém.
E até quando evoluiu também ele para um S2000 em 2013 – com a sua equipa nos ralis do nacional, a ARC Sport – voltou a ganhar, demonstrando ser capaz de dominar com mestria qualquer tipo de carro, independentemente da sua potência e grau de preparação.
O ano de 2014 foi, contudo, o pior ano da carreira de Ricardo Moura no nacional, um ano em que estreou o Ford Fiesta R5 mas não obteve vitórias, entrando mesmo para a história as três décimas de segundo com que perdeu, ainda com o Skoda Fabia S2000, o Rally Cidade de Guimarães para Pedro Meireles, depois de um troço ao fim do dia que Moura fez sem a grelha de faróis ligada. Moura desistiu no SATA Rallye Açores desse ano – uma raridade, fazendo o terceiro dia de prova em Rally 2 – e um grave acidente na Madeira acabou com a sua época.
Leia também a reportagem publicada na edição impressa do jornal Açoriano Oriental de segunda-feira, 27 de março de 2017
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