“Precisamos de ser capazes de atuar, precisamos de instrumentos legais mais fortes para desmantelar este negócio criminoso”, disse Ursula von der Leyen, durante uma conferência sobre o combate ao tráfico humano, em Bruxelas.
A presidente da Comissão Europeia acrescentou que, “em paralelo, é preciso avisar as pessoas sobre os perigos das travessias ilegais” para o território dos países da União Europeia (UE), nomeadamente através do mar Mediterrâneo.
Neste esforço, sustentou a antiga ministra da Defesa da Alemanha, “os países de origem” dos migrantes que querem entrar na UE “têm um papel crucial para ajudar a desenhar” campanhas de sensibilização e dissuasão.
“É preciso falar diretamente para os que têm de ouvir a mensagem de que a alternativa [a via legal] é sempre a melhor escolha”, comentou.
Olhando para as plataformas digitais, Ursula von der Leyen advertiu que “a maioria das viagens arriscadas é publicitada online”, e que é preciso romper as redes criminosas que utilizam as plataformas digitais, desde redes sociais a aplicações de mensagens encriptadas, para traficar droga, disseminar propaganda terrorista e conteúdos de pornografia infantil.
A presidente do executivo europeu acrescentou que, em simultâneo, o Novo Pacto de Migrações e Asilo e o reforço do financiamento das estruturas da Europol e do Centro Europeu Contra o Tráfico Humano, são ferramentas necessárias para proteger ainda mais as pessoas que pretendem chegar à UE e que muitas vezes são apanhadas em redes de tráfico humano.
Ursula von der Leyen traçou o objetivo: “Levar os traficantes à falência e salvar milhares de pessoas que sonham com uma vida melhor”.
