Autor: Lusa /AO Online
“O André Ventura não é o Francisco Sá Carneiro, mas os valores são completamente os mesmos. Eu e o André Ventura somos aquilo que a Aliança Democrática queria para o país, nós somos os herdeiros dessa luz, porque o Chega é um verdadeiro partido dos interesses de Portugal”, disse António Tânger Correa.
O vice-presidente do Chega falava no período de declarações políticas, antes de os congressistas rejeitarem a apresentação das recomendações no congresso para serem levadas à direção nacional do partido com 213 votos contra a apresentação, 35 abstenções e 168 votos a favor.
Também o presidente do conselho de jurisdição, Rodrigo Alves Taxa, destacou o trabalho do partido, que conseguiu “em dois anos e tal o que qualquer outro partido não conseguiu em mais de 40 anos de democracia”, sendo que essa vitória foi alcançada com “ataques, pressões e perseguições que eles não tiveram.”.
“Isso é bem demonstrativo de uma frase de que nem gosto muito, mas também connosco 'o céu é o limite' e certamente não vamos parar. O Chega não é, nunca foi, nem nunca será um partido de extrema qualquer coisa. No máximo, somos de extrema necessidade e o que acontece é que temos alguma imprensa que é extremamente parva”, destacou.
Com ataques à comunicação social e ovações em pé, Rodrigo Alves Taxa defendeu que o Chega “não quer sair da Europa”, mas também não quer, não admite e também nunca alinhará numa Europa em que as nações são comandadas pelos burocratas que se sentam em Bruxelas e em vez de se preocuparem com os países que os sustentam, preocupam-se com os interesses que os sustentam a eles próprios”.
O responsável não poupou ataques a Paulo Rangel, por, em tempos, ter dito que “Portugal e os portugueses iam desaparecer” e o agora ter "nem que seja o hipotético desejo de ser primeiro-ministro de Portugal”, para se transformar no homem que “quer conduzir Portugal a esse próprio desaparecimento”.
“Temos um papel fundamental no dia 30 de janeiro e tenho a certeza de que vamos lá chegar, porque temos o homem certo que nos guiará nesse caminho. Dizem que o Chega é um partido de um homem só, nós não somos um partido de um homem só, somos um partido de um homem único”, defendeu.
E apelou a todos, “cada um à sua maneira”, que sejam “também capazes de ser únicos, pelo menos numa coisa, no apoio a dar a um homem único” até às eleições legislativas marcadas para 30 de janeiro de 2022.
“Somos um partido único, todos nós somos únicos e temos de o apoiar, temos de nos unir, temos de estar para trabalhar, porque nós não podemos ser mais um partido cheio de importantes chefes máximos com serviços mínimos. Não podemos ser”, disse.
O IV congresso do Chega decorre na Expocenter, em Viseu, desde sexta-feira e está previsto terminar no domingo.