Autor: Lusa/Ao online
“Esta afirmação do CDS-PP tem credibilidade zero, sobretudo se atentarmos, se virmos que aquela que era uma das propostas e uma das promessas do Governo da República do PSD e do CDS-PP, entusiasticamente aplaudida pelo CDS dos Açores, mas que não foi cumprida, era exatamente a certificação para a aviação civil das Lajes”, disse Vasco Cordeiro, questionado pelos jornalistas sobre as críticas do líder dos centristas nos Açores, Artur Lima.
O presidente do CDS-PP/Açores considerou na quinta-feira que o processo de certificação do Aeroporto das Lajes, na ilha Terceira, foi um “embuste”, alegando que há operação civil no aeroporto militar desde a década de 1970.
“O termo certificação usado nesta matéria é um embuste. O que houve aqui foi uma agilização de procedimentos. Em vez de ser 72 horas passar para três horas, nalguns casos, e em vez de ser 15 dias passar para 72 horas noutros casos”, adiantou.
Questionado pelos jornalistas, Vasco Cordeiro, que é também presidente do Governo dos Açores, sustentou, numa conferência de imprensa na qual apresentou a moção que vai levar ao congresso regional dos socialistas, que a crítica do CDS-PP “não diz nada sobre o mérito e os benefícios que essa certificação traz para a Terceira e Açores, mas diz tudo sobre o desnorte e a postura ziguezagueante do CDS-PP nos Açores”.
“O que antes era bom, mas não foi cumprido agora que foi cumprido pelo PS e pelos governos do PS é mau?”, perguntou Vasco Cordeiro.
A certificação da base das Lajes para a utilização permanente pela aviação civil foi atribuída no dia 23 de julho, dois anos depois de os governos regional e nacional terem assinado um protocolo nesse sentido.
Na altura, em 27 de julho de 2016, já operavam na Terceira as companhias aéreas SATA e TAP, tendo a Ryanair iniciado também ligações à ilha em dezembro desse ano.