Açoriano Oriental
Covid-19
Universidade dos Açores entra no processso de vacinação da região autónoma

A Universidade dos Açores vai entrar no processo de vacinação açoriano contra a Covid-19, estando prevista a vacinação de docentes e não docentes da instituição, disse à agência Lusa fonte da secretaria regional da Saúde e Desporto.

Universidade dos Açores entra no processso de vacinação da região autónoma

Autor: Lusa/AO Online

A academia açoriana, tutelada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, "integra assim a decisão do Governo dos Açores de vacinar docentes e não docentes de todos os estabelecimentos de ensino dos Açores", o que ficou salvaguardado com a revisão dos critérios de vacinação por parte do executivo, indicou a mesma fonte.

Em declarações à agência Lusa, o reitor da academia açoriana, João Luís Gaspar, afirmou que a instituição tem vindo a "alinhar com as decisões do Governo Regional e não do Governo da República" e especificou que vão ser vacinados os "docentes e não docentes das atividades letivas presenciais", estimados em cerca de 300.

A fonte da secretaria regional da Saúde e Desporto recordou à Lusa que, a 30 de abril, o Governo dos Açores anunciou que ia alterar o Plano Regional de Vacinação para incluir os professores e o pessoal não docente na segunda fase de vacinação contra a Covid-19, começando por São Miguel.

No continente, os professores universitários e os funcionários não docentes das universidades não integram qualquer grupo prioritário para a vacinação contra a Covid-19.

No passado dia 23 de abril, o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) fez saber que considera de "inexplicável discriminação" a ausência dos funcionários do ensino superior dos grupos prioritários da vacinação contra a Covid-19 e pediu que a situação fosse corrigida.

Em comunicado, o CRUP informa continuar "a mobilizar esforços para sensibilizar os responsáveis técnicos e políticos da campanha nacional de vacinação para a necessidade de corrigir esta inexplicável discriminação dos docentes e não docentes do ensino superior em relação aos restantes profissionais de ensino do país".

Na mesma nota, o organismo de coordenação do ensino universitário em Portugal salientou não existir motivo científico para a decisão, argumentou que o risco de contágio pelo novo coronavírus é semelhante em qualquer sala de aula e referiu ter sido no ensino superior que foram identificados os primeiros casos em Portugal em unidades de ensino.

Aos jornalistas, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior disse que “não há discriminação” dos professores do ensino superior relativamente à vacinação, porque “o contacto entre estudantes e docentes é muito inferior aos outros graus de ensino”.


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