Açoriano Oriental
TAP
“Única razão” para saída de Alexandra Reis foi divergência na execução do plano de reestruturação

A presidente executiva da TAP, Christine Oumières-Widener, garantiu, no parlamento, que a “única razão” para a saída de Alexandra Reis do Conselho de Administração foram “divergências na execução do plano de reestruturação”.

“Única razão” para saída de Alexandra Reis foi divergência na execução do plano de reestruturação

Autor: Lusa/AO Online

“Havia divergências na implementação do plano de reestruturação. Na equipa executiva, é crucial haver um alinhamento relativamente à implementação do plano. Essa foi a única razão para a saída de Alexandra Reis da companhia aérea”, disse a presidente executiva da TAP.

Christine Ourmières-Widener deu o exemplo da decisão de aumentar a oferta para 2022 como um dos pontos de divergência, adiantando que foi “uma discussão muito difícil”.

A presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, está hoje a ser ouvida no parlamento, na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, para explicações sobre a indemnização de 500.000 euros à antiga administradora Alexandra Reis, que foi também presidente da NAV e secretária de Estado.

A audição da responsável da companhia aérea acontece na sequência do requerimento de caráter obrigatório do Chega, depois de o grupo parlamentar do PS ter rejeitado a proposta de audição num primeiro momento.

O caso da indemnização de meio milhão de euros paga à antiga secretária de Estado Alexandra Reis, pela saída antecipada da administração da TAP, levou à demissão do ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e a uma remodelação no Governo.

Questionada pelo deputado do Chega André Ventura sobre com quem do Governo foi discutida a indemnização a Alexandra Reis, a responsável da transportadora disse que esteve em contacto, “desde o início”, com o então secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Mendes.

“Eu obtive a aprovação através do secretário de Estado das Infraestruturas. […] Eu assumi, tendo em conta a forma como trabalhamos em conjunto, que o acordo [para a indemnização] com o secretário de Estado foi feito com a concordância do Ministério das Finanças”, realçou Christine Ourmières-Widener.

Questionada ainda sobre a eventual existência de outros casos semelhantes ao de Alexandra Reis, a responsável disse não ter conhecimento de outras saídas da companhia com indemnizações avultadas, apenas de uma indemnização ao seu antecessor, Antonoaldo Neves, quando a TAP tinha gestão privada.


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