Autor: Lusa/AO Online
Segundo os últimos dados estatísticos do Instituto de Reinserção Social (IRS), os juízes estão a utilizar cada vez mais este instrumento para condenar os agressores. A 31 de maio deste ano estavam ativas 26 pulseiras eletrónicas aplicadas por decisão judicial a agressores que cometeram o crime de violência doméstica.
No mês em que este instrumento entrou em funcionamento, os tribunais determinaram a aplicação de apenas três pulseiras eletrónicas, tendo o número vindo sempre a crescer.
Segundo a definição da unidade contra a violência doméstica e maus-tratos a menores, criada há um ano e meio no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, as principais vítimas de violência doméstica são mulheres entre os 30 e os 40 anos, casadas, empregadas e no mínimo com 9.º ano de escolaridade.
A violência entre jovens casais de namorados também está a aumentar.
A Vigilância Eletrónica (VE) é um conjunto de meios de controlo e fiscalização à distância que funciona desde 2002 e que, em 2009, foi alargada aos agressores proibindo o contacto com a vítima, no âmbito da violência doméstica.
A redução da pressão do excesso da população prisional e os seus custos, o controlo do cumprimento de decisões judiciais e diminuição da reincidência criminal são alguns dos objetivos deste instrumento, que limita o raio de ação dos agressores.