Açoriano Oriental
Tratamento da dor é mais solicitado
A gestora do Programa Regional de Controlo da Dor, Teresa Flor de Lima, acredita que o número de doentes que solicitam o tratamento da dor crónica tem aumentado na Região.
Tratamento da dor é mais solicitado

Autor: Nuno Fontes Sousa

“Os doentes com dor crónica têm que ser referenciados por um médico. Noto que há mais médicos que referenciam esses doentes”, disse Teresa Flor de Lima, acrescentando que “penso que os doentes já solicitam mais tratamento aos seus médicos, daí que haja mais doentes enviados para a consulta da dor”.

No entanto, para a gestora do programa regional de Controlo da Dor, importa continuar a informar a população de que a dor tem tratamento, “não há necessidade de sofrer em silêncio”, afirmou.

O principal objetivo do programa é tratar os doentes que têm dor, diminuir a dor crónica, a dor aguda e a dor no parto em toda a Região, frisou a médica.

Em relação à dor crónica, os hospitais funcionam em articulação com os centros de saúde e “programou-se haver consultas ou Unidades de Dor nos três hospitais açorianos. Estas consultas já existem em Ponta Delgada há 12 anos, enquanto na Horta e em Angra já funcionam há quase dois anos”, completou.

Com o programa, indica Teresa Flor de Lima, tem sido promovida a formação dos médicos para que possa haver cada vez mais profissionais preparados para tratar a dor, deixando-se os casos mais difíceis para tratamento nos hospitais.

Entretanto, “a formação também deve ser de outros profissionais como os enfermeiros, os psicólogos ou os fisioterapeutas, que colaboram no tratamento da dor crónica, que é um tratamento multidisciplinar”, indicou.

A médica lembrou que, segundo um estudo realizado a nível nacional há dois anos, “a dor crónica tem uma incidência na Região de cerca de 30 por cento, estando ao nível do verificado a nível do nacional.”

Ainda de acordo com o estudo, as patologias aumentam com a idade e a mais frequente, na Região, é a patologia osteoarticular.

“Depois há a lombalgia, (vulgarmente chamada dor das costas), que engloba a população mais jovem em idade laboral. Em todo o mundo, a patologia lombar é a mais preocupante para as Unidades de Dor”, vincou.

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