Açoriano Oriental
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Sporting soma quarto jogo sem ganhar e cai para a sétima posição
O Sporting ficou mais longe do título ao empatar 1-1, em casa, com o Marítimo, em jogo 9ª jornadana
Sporting soma quarto jogo sem ganhar e cai para a sétima posição

Autor: Lusa/AOnline

Matias Fernandez, aos 54 minutos, deu vantagem aos "leões", mas Manú respondeu com um grande golo, aos 62, e estabeleceu o resultado final.

A equipa leonina esteve alguns "furos" acima do nível exibicional dos últimos tempos, sobretudo em termos de entrega ao jogo, mas não foi suficiente para levar de vencida uma equipa serena e equilibrada como o Marítimo, com executantes velozes e tecnicamente acima da média na linha atacante.

O Sporting teve uma entrada de leão, mas durou dez minutos, com a equipa subida no terreno, pressionante, agressiva, a "encostar" o Marítimo às "cordas", e a criar duas oportunidades de marcar, uma das quais negada pelo guarda-redes Peçanha.

De resto, esses primeiros dez minutos foram empolgantes e fizeram prometer um jogo que não aconteceu, mas mesmo "encurralado" no seu meio-campo, o Marítimo fez saber que estava em Alvalade para discutir os três pontos.

Aos 5 minutos, aproveitando o espaço que o Sporting deu nas costas da defesa, por estar a jogar com as linhas subidas e próximas, o Marítimo deu o primeiro sinal explorando uma hesitação de Tonel e o "pique" impressionante de Manú, com este a oferecer o golo a Marcinho na pequena área, mas o remate saiu por cima.

O segundo sinal surgiu três minutos depois, através de um remate a 25 metros da baliza, ao qual Rui Patrício correspondeu com uma estirada para canto, a evitar o pior.

O Sporting abanou, a linha defensiva passou a retrair-se e a ficar mais atrás, alargando o espaço entre os sectores e o futebol do Sporting foi perdendo ligação e fluidez, com receio de ser surpreendido nas costas da defesa (típico numa equipa que atravessa crise de confiança).

É verdade que o Marítimo possui jogadores de nível técnico acima da média na linha atacante como são os casos de Marcinho, Djalma e Babá, além da velocidade invulgar de Manú, que impõe respeito.

A última meia-hora da primeira parte trouxe o pior do Sporting esta época, uma equipa insegura, nervosa, sem fio de jogo, com uma diferença: lutou, mostrou mais atitude competitiva do que tem evidenciado nos últimos jogos.

Mas a atitude não ganha jogos, sobretudo quando emergem algumas das debilidades da equipa, nomeadamente dos laterais Abel e André Marques – jogar em losango com dois tão fracos é um contra-senso -, a irregularidade de Matias Fernandez, mal no último passe, a vulgaridade de Pereirinha, incapaz de agarrar a oportunidade que o treinador lhe deu e a "congénita" ineficácia de Hélder Postiga em termos de finalização.

Na segunda parte, o golo de Matias Fernandez aos 54 minutos, com um tiro cruzado, deu ânimo ao Sporting, mas só até ao espectacular tento do empate, marcado por Manu, de fora da área, que retirou discernimento aos da casa.

Paulo Bento meteu toda a "artilharia pesada", terminando o jogo com quatro pontas de lança em campo – Postiga, Liedson, Caicedo e Saleiro –, o que obrigou Van der Gaag a trocar pedras de cariz ofensivo por outras de cariz defensivo, mas a pressão dos "leões" correspondeu a uma fase de desespero, em que o coração falou mais alto do que a cabeça.

Mesmo assim, Felipe Caicedo dispôs já em período de compensações de uma oportunidade inacreditável, na qual ficou patente toda a sua incompetência: só com Peçanha pela frente, com o ângulo todo aberto, conseguiu a proeza de acertar no poste.

De resto, dos três alegados reforços para a época em curso, dois deles, Angulo e Caicedo, voltaram a ser suplentes, e só um, Matías Fernandez, teve lugar no "onze" inicial.

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