Autor: AO Online/ Lusa
"O operador [do cruzeiro], em articulação, com as embaixadas é inteiramente responsável [pela operação], sem haver qualquer encargo financeiro para Portugal", afirmou o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, após a primeira reunião da Estrutura de Monitorização do Estado de Emergência.
Segundo Eduardo Cabrita, a operação vai ser realizada sem os passageiros "entrarem tecnicamente em território nacional", sendo transferidos de autocarro, com escolta policial, do terminal de cruzeiros para o aeroporto de Lisboa, sendo "diretamente conduzidos aos aviões que os irão transportar para os países de origem".
O governante referiu ainda que será autorizada a saída dos 27 passageiros de nacionalidade portuguesa, que já realizaram os testes de despistagem do novo coronavírus, estando a aguardar os resultados, numa área dedicada no terminal de cruzeiros de Lisboa.
O navio de cruzeiros MCS Fantasia, operado pela MSC Cruises, atracou pelas 09:00 no porto de Lisboa, depois de ter saído em 09 de março do Rio de Janeiro, Brasil, com destino à Europa.
A bordo do navio viajam 1.338 passageiros, de 39 nacionalidades (incluindo portuguesa), e 1.247 membros da tripulação, de 50 nacionalidades.
A proibição do desembarque de passageiros de navios de cruzeiro, exceto dos residentes em Portugal, foi uma das medidas decretadas pelo Governo aquando da declaração do estado de alerta no país.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 308 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 13.400 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro de 2019, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, há 14 mortes e 1.600 infeções confirmadas.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.