Autor: Lusa / AO online
A confirmar-se a previsão de 2,4 por cento do Executivo, 2008 será o primeiro em cinco anos em que Portugal ficará com o défice do Estado sem medidas extraordinárias abaixo dos 3,0 por cento do PIB.
Olhando para os dados do défice público ajustados das medidas extraordinárias, entre 2002 e 2007, com dados do relatório Constâncio, do reporte dos défices excessivos e do orçamento do Estado para 2007, é possível concluir que a redução do défice tem sido mais conseguida à custa da despesa do que da receita.
A despesa pública baixou de 47,1 por cento do PIB em 2002 para 46,1 por cento do PIB em 2006 e pode reduzir-se para 45,4 por cento em 2007 (melhoria de 1,7 pontos), embora este dados do ano corrente possam vir a ser revistos, já que hoje mesmo o Governo anunciou que o défice vai ser inferior ao previsto.
Do lado da receita, a tendência também foi de queda com o seu peso na riqueza produzida a reduzir-se de 42,5 por cento, em 2002, para 42,2 por cento em 2006 e para 41,7 por cento em 2007 (diminuição de 0,8 pontos).
Como a despesa baixou mais que a receita, em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), pode dizer-se que a consolidação tem sido mais conseguida à custa da limitação dos gastos do Estado, num processo que muitos economistas chamam de melhoria consolidada das contas públicas.
Ao longo dos anos, o contributo da despesa e da receita para a variação do défice foi distinta e algumas vezes foram também as receitas que explicaram a melhoria das contas públicas.
Em 2003, as despesas foram as principais responsáveis pela melhoria do défice e em 2004 esse papel pertenceu mais às receitas, embora as despesas também tenham ajudado. Nesses anos, o saldo orçamental melhorou para 4,5 e 4,2 por cento, respectivamente.
2005 ficou na história da economia portuguesa como o ano em que o défice disparou, tendo atingido os 6,0 por cento do PIB, com a incapacidade de repetir receitas extraordinárias e as entradas nos cofres do Estado a caírem 1,8 pontos percentuais do PIB.
No ano seguinte, em que o défice melhorou 2,1 pontos percentuais, as despesas voltaram a ser as principais responsáveis por essa redução (com um contributo de 1,3 pontos), embora o aumento das receitas também tenha ajudado (0,8 pontos).
Para 2007, o governo tinha antecipado uma nova melhoria, com o défice a descer para os 3,7 por cento, mas hoje já anunciou que esse valor não deve ir além dos 3,0 por cento, já que a execução orçamental está a correr melhor do que o esperado, a beneficiar do andamento económico.
Os olhos estão agora postos no próximo Orçamento do Estado, em que se espera que o défice baixe para 2,4 por cento do PIB, contando com poupanças que se esperam venham, entre outros aspectos, da reforma da administração pública.
Olhando para os dados do défice público ajustados das medidas extraordinárias, entre 2002 e 2007, com dados do relatório Constâncio, do reporte dos défices excessivos e do orçamento do Estado para 2007, é possível concluir que a redução do défice tem sido mais conseguida à custa da despesa do que da receita.
A despesa pública baixou de 47,1 por cento do PIB em 2002 para 46,1 por cento do PIB em 2006 e pode reduzir-se para 45,4 por cento em 2007 (melhoria de 1,7 pontos), embora este dados do ano corrente possam vir a ser revistos, já que hoje mesmo o Governo anunciou que o défice vai ser inferior ao previsto.
Do lado da receita, a tendência também foi de queda com o seu peso na riqueza produzida a reduzir-se de 42,5 por cento, em 2002, para 42,2 por cento em 2006 e para 41,7 por cento em 2007 (diminuição de 0,8 pontos).
Como a despesa baixou mais que a receita, em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), pode dizer-se que a consolidação tem sido mais conseguida à custa da limitação dos gastos do Estado, num processo que muitos economistas chamam de melhoria consolidada das contas públicas.
Ao longo dos anos, o contributo da despesa e da receita para a variação do défice foi distinta e algumas vezes foram também as receitas que explicaram a melhoria das contas públicas.
Em 2003, as despesas foram as principais responsáveis pela melhoria do défice e em 2004 esse papel pertenceu mais às receitas, embora as despesas também tenham ajudado. Nesses anos, o saldo orçamental melhorou para 4,5 e 4,2 por cento, respectivamente.
2005 ficou na história da economia portuguesa como o ano em que o défice disparou, tendo atingido os 6,0 por cento do PIB, com a incapacidade de repetir receitas extraordinárias e as entradas nos cofres do Estado a caírem 1,8 pontos percentuais do PIB.
No ano seguinte, em que o défice melhorou 2,1 pontos percentuais, as despesas voltaram a ser as principais responsáveis por essa redução (com um contributo de 1,3 pontos), embora o aumento das receitas também tenha ajudado (0,8 pontos).
Para 2007, o governo tinha antecipado uma nova melhoria, com o défice a descer para os 3,7 por cento, mas hoje já anunciou que esse valor não deve ir além dos 3,0 por cento, já que a execução orçamental está a correr melhor do que o esperado, a beneficiar do andamento económico.
Os olhos estão agora postos no próximo Orçamento do Estado, em que se espera que o défice baixe para 2,4 por cento do PIB, contando com poupanças que se esperam venham, entre outros aspectos, da reforma da administração pública.