Autor: Lusa/AO Online
“Apesar de esta situação ser do conhecimento da companhia aérea dos açorianos, continuam a ocorrer estes casos em que um passageiro saindo da ilha Graciosa, o voo faz escala na ilha Terceira, o avião permanece na placa por 20 minutos e segue para outro destino, mas o referido passageiro tem de esperar pelo voo seguinte, que pode ocorrer apenas no dia seguinte, mesmo havendo disponibilidade de lugares”, avançou o deputado social-democrata João Bruto da Costa, num requerimento entregue na Assembleia Legislativa dos Açores.
Segundo o deputado do PSD, eleito pelo círculo eleitoral da Graciosa, o partido já tinha denunciado a “má programação” de voos da companhia aérea açoriana há dois anos e o assunto ficou “aparentemente resolvido”, mas este ano os constrangimentos repetiram-se.
“São exemplo disso os voos da tarde de terça-feira e quinta-feira, em que se o passageiro pretender viajar para a Horta, e apesar de ser usado o mesmo avião, não é assegurada ligação por os voos terem apenas 20 minutos de diferença entre chegada e partida. O mesmo sucede com o voo da tarde de quarta-feira que, saindo da Graciosa com escala na Terceira, segue o equipamento para o Pico, mas não é permitido ao passageiro fazer essa viagem”, adiantou.
No requerimento entregue no parlamento regional, os social-democratas perguntam se o executivo açoriano, liderado pelo socialista Vasco Cordeiro, tem conhecimento destes constrangimentos e se considera necessária “uma nova recomendação à SATA para que esta situação deixe de prejudicar os passageiros da ilha Graciosa”.
João Bruto da Costa alega que o problema é de “fácil solução”, mas, “incompreensivelmente, continua a merecer uma manifesta incapacidade em ser resolvido”, acusando a SATA de votar a Graciosa ao “esquecimento”.
“Estas questões revelam um procedimento prejudicial à mobilidade daqueles que escolheram a ilha Graciosa como sua residência ou que a querem visitar. Trata-se de mais uma situação de incompreensível repetição pelo que tem a tutela governamental de ser chamada a atuar ou a pronunciar-se”, rematou.
A Lusa tentou obter uma reação da SATA, mas não foi possível.