PS/Açores reivindica mais verbas para a ciência no Programa Operacional 2030

A vice-presidente do grupo parlamentar do PS/Açores reivindicou mais verbas para a ciência no Programa Operacional dos Açores 2030 (POA), tendo referido que os 21,5 milhões de euros anunciado pelo executivo açoriano não constam de “nenhum documento”.



Sandra Dias Faria afirmou que “foi notícia recente por parte do vice-presidente do Governo Regional que haveria um reforço de verbas para a ciência, no valor de 21,5 milhões de euros, mas o certo é que este valor não está publicado em nenhum documento, que seja do conhecimento do PS/Açores”.

O grupo parlamentar socialista no parlamento dos Açores reuniu-se hoje com a direção executiva do EXPOLAB-Centro de Ciências Viva, localizado no concelho da Lagoa, na ilha de São Miguel, tendo Sandra Dias Faria apontado que o POA 2030, “numa primeira versão, tinha apenas para esta área um valor de nove milhões de euros”.

A deputada salvaguarda que “desde cedo, o PS/Açores, em janeiro de 2022, alertou para o drástico corte que estava a ser feito nesta área, fundamental para o desenvolvimento da região”, sendo que “na revisão feita em janeiro de 2022, este valor passa para 15 milhões, ficando aquém daquilo que era estipulado para a ciência no POA 2020”.

Sandra Dias Faria referiu que, com o último valor que é conhecido para a ciência, assiste-se a um corte de 40%, dando “nota do desnorte que este Governo Regional manifesta relativamente à ciência, porque é um remendar de valores ao longo do tempo, fruto das pressões exercidas pelos cientistas, ‘stakeolders’, e pela sociedade, bem como pelo PS/Açores”.

A vice-presidente do grupo parlamentar do PS/Açores considerou que as recentes notícias sobre a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “constituem mais um exemplo da ineficácia deste Governo Regional no que respeita à execução de fundos também ligados à ciência”, como o projeto Tecnopolo Martec.

Em causa está a construção do Martec, uma vez que “o contrato de adjudicação da empreitada já devia ter sido celebrado” no último trimestre de 2022, mas o concurso público ficou deserto, de acordo com as declarações de Alexandra Bragança, presidente da Comissão Especializada de Acompanhamento do PRR do Conselho Económico e Social dos Açores.

Questionada com o facto dos anteriores governos socialistas terem uma taxa de execução de investimento em ciência inferior à média comunitária, a deputada refere que “o caminho que foi feito foi de construção do sistema científico, que é património da região e produção dos executivos socialistas”.

A deputada reivindicou para o POA 2030, em termos de valores financeiros, “igualar aquilo que o PS/Açores fez”.


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