Açoriano Oriental
Protesto em Toronto pede ao governo do Canadá que expulse apoiantes do terrorismo

Uma manifestação na cidade canadiana de Toronto juntou este sábado algumas dezenas de pessoas que exigiram ao primeiro-ministro do Canadá que "expulse do país todos os apoiantes de terroristas".

Protesto em Toronto pede ao governo do Canadá que expulse apoiantes do terrorismo

Autor: AO Online/ Lusa

"Não estamos apenas a pedir, esta é uma exigência nossa. Todos os apoiantes do terrorismo devem ser expulsos do Canadá e detidos, todos os seus bens devem ser penhorados. Não interessa o cargo que desempenhem, sejam eles deputados, ou trabalhadores", afirmou Nasser Pooli, um dos promotores.

Num dia marcado por chuva intensa, o protesto pacífico juntou cerca de 30 pessoas e decorreu junto ao consulado-geral dos Estados Unidos, em Toronto, com a presença de um forte dispositivo policial.

O manifestante considera que "foram enviados para o Canadá elementos para apoiar a agenda do regime iraniano" e que é necessário "colocar um travão a essas pessoas".

Depois de Los Angeles, nos Estados Unidos, Toronto detém a maior comunidade iraniana fora do país, calcula-se que existem na cidade canadiana cerca de 100 mil iranianos.

A morte no Iraque do general iraniano Qassem Soleimani, líder de uma força especial da Guarda Revolucionária do Irão, num ataque com ‘drone’ (aparelho aéreo não tripulado) ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi saudada por Nasser Pooli.

"Estou aqui em frente ao consulado-geral dos Estados Unidos em Toronto para agradecer a Donald Trump, por ter ordenado a morte do general Soleimani, líder de uma organização terrorista", sublinhou.

A viver no Canadá há mais de três décadas, Pooli justifica que a mudança deveu-se "ao regime fascista existente no seu país natal", agora responsável "pelo morte dos "167 passageiros" a bordo do Boing 737.

Também presente no protesto esteve um representante do grupo nacionalista ‘Rise Canada', organização com o objetivo de "promover os valores canadianos".

"Apoiamos a decisão da administração liderada por Donald Trump de atacar terroristas, especialmente quando essa pessoa (Soleimani) é responsável por promover terrorismo noutros países em várias regiões do mundo", disse Ron Benajee.

O Irão admitiu hoje que o avião ucraniano que se despenhou na quarta-feira em Teerão, matando todas as pessoas a bordo, foi abatido inadvertidamente por militares iranianos.

O avião, um Boeing 737 da companhia aérea Ukrainian International Airlines, despenhando-se dois minutos após a descolagem nos arredores da capital iraniana, horas depois do lançamento de 22 mísseis iranianos contra duas bases da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, em Ain Assad e Erbil, no Iraque, numa operação de vingança pela morte do general iraniano Qassem Soleimani.

O aparelho, com destino a Kiev, transportava 176 pessoas, a maioria iranianos e canadianos, mas também ucranianos, suecos, afegãos, alemães e britânicos.



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