Autor: Lusa/AO On Line
"Tendo em conta a forma como o Governo tem tratado as várias forças e serviços de segurança e tendo em conta as medidas de austeridade que foram apresentadas preocupa-nos a segurança pública do país, porque numa altura como esta as instituições são fundamentais para o normal funcionamento do país e da própria democracia", disse à agência Lusa o líder da Comissão dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança (CCP), Paulo Rodrigues.
O sindicalista lembrou o "desinvestimento contínuo que leva a que muitas forças e serviços de segurança nacionais funcionem numa situação de limite em questões operacionais".
Paulo Rodrigues diz que "o desinvestimento tem sido tal que neste momento qualquer medida de austeridade que venha a ser implementada vai afetar não só os profissionais, mas também as instituições que numa altura de crise não deviam ser fragilizadas".
"Se não se apostar nestas instituições de segurança podemos estar a iniciar um caminho que colocará em causa a segurança pública, a segurança dos cidadãos, a segurança interna do país, e isto é extremamente preocupante", alertou o representante dos profissionais de segurança.
Paulo Rodrigues sublinhou que o "país vai precisar cada vez mais de serviços e forças de segurança capazes de responder às necessidades do país e é isso que a comissão quer salvaguardar", convocando uma reunião extraordinária para 15 de outubro, depois de reunir com a CGTP.
A reunião extraordinária da CCP vai servir também para os profissionais do setor da segurança discutirem eventuais ações de luta e protesto pelas medidas decididas pelo Governo.
Esta comissão inclui os sindicatos e associações da Guarda Nacional Republicana (GNR), da Polícia de Segurança Pública, do Serviço Estrangeiros e Fronteiras (SEF), da Polícia Marítima e dos Guardas Prisionais.