Autor: Lusa/AO Online
Em declarações aos jornalistas à
margem de uma cerimónia no Palácio de Sant’Ana, José Manuel Boleiro
indicou que, a 14 e 15 de abril, quinta-feira e sexta-feira Santa, o
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai acompanhá-lo numa
visita à ilha de São Jorge. Bolieiro revelou
ainda que se vai reunir com o Núcleo de Empresários de São Jorge,
lembrando ter dito que “não estaria indiferente a preparar, caso se
mostrasse necessário” medidas para apoiar o tecido empresarial,
dependendo se a crise fosse de curta ou longa duração. José
Manuel Boleiro destacou os condicionalismos económicos ainda associados
à pandemia da covid-19, a par da intervenção militar russa na Ucrânia e
da crise sismovulcânica, referindo que o executivo açoriano está
“atento”, tendo “refletido sobre esta matéria em sede do Conselho do
Governo”. “Lidaremos depois com os factos
e, desde logo, com aquilo que corresponde à comprovada perda de
rendimentos subsequente e consequente à situação sismovulcânica, que
agora ocorre e geradora de uma crise”, afirmou. Marcelo
Rebelo de Sousa esteve a 27 de março na ilha de São Jorge, acompanhado
pelo presidente do Governo Regional dos Açores, tendo visitado estações
de acompanhamento da crise e assistido a um ‘briefing’ do Centro de
Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA). O
líder dos empresários de São Jorge, Mário Veiros, alertou terça-feira
que há empresas na ilha que podem fechar se não forem adotadas “medidas
urgentes” para mitigar os impactos económicos da crise sísmica. “No
caso do turismo, há uma série de serviços turísticos que são
unipessoais, no máximo com duas pessoas, que prestam serviços de turismo
de aventura, entre outros, e que se perderão, porque não faturam devido
a terem tido o último cliente em outubro”, refere o presidente do
Núcleo de Empresários de São Jorge, em declarações à Agência Lusa.