Açoriano Oriental
PPM acusa Governo Regional de falhar fiscalização de abastecimento de água no Corvo

O deputado do PPM no parlamento dos Açores, Paulo Estêvão, acusou hoje o executivo regional de falhar na fiscalização do abastecimento de água no Corvo e de “cumplicidade” com a autarquia local no favorecimento da mesma por uma empresa.

PPM acusa Governo Regional de falhar fiscalização de abastecimento de água no Corvo

Autor: Lusa/AO Online

A acusação feita pelo único deputado do PPM na Assembleia Legislativa dos Açores prende-se com o facto de o presidente do conselho de administração do Instituto Regional de Ordenamento Agrário (IROA), Ricardo Silva, ter dito esta semana, quando foi ouvido pela Comissão de Inquérito do Setor Público Empresarial Regional, que não há falta de água para a lavoura na ilha do Corvo.

Segundo a nota de imprensa remetida hoje pelo PPM, “a informação que chegou ao IROA é falsa e não foi devidamente confirmada no terreno”.

Ricardo Silva transmitia a mensagem que disse ter-lhe sido passada pelo presidente da Câmara Municipal do Corvo, mas o deputado Paulo Estêvão afirma que “o IROA tem a obrigação de deslocar ao terreno os seus técnicos para verificar diretamente a situação, nomeadamente se existirem denúncias de irregularidades, como foi o caso”.

O parlamentar corvino assevera que “falta água para a lavoura no Corvo e que os agricultores enfrentam grandes dificuldades”, sublinhando que “o único ponto de abastecimento com água disponível localiza-se no Reservatório da Cova Vermelha", já que "todos os outros não têm água”.

Também as lagoas artificiais que abastecem a Vila estão “em níveis extremamente baixos”, uma situação que diz dever-se ao baixo nível de precipitação, mas também à “decisão do presidente da Câmara do Municipal do Corvo de oferecer ao consórcio Somague-Ediçor Engenharia, S.A., no âmbito das obras que a mesma empresa está a realizar na ilha, a água destinada à lavoura da ilha e também ao consumo da população”, afirma o deputado.

Paulo Estêvão lamenta a situação e acusa o executivo socialista de “cumplicidade”, questionando os “interesses e redes de influência [que] explicam a passividade do Governo Regional nesta matéria e também do próprio ministério público”.

A representação parlamentar do PPM “exige que sejam apuradas as responsabilidades legais de todos os intervenientes neste processo”, bem como “a rápida intervenção do Governo Regional, no sentido de avaliar diretamente a situação, preparar um plano de intervenção que minimize as atuais carências e realizar um inquérito dentro das suas competências de fiscalização, com o objetivo de determinar as irregularidades cometidas ao longo deste processo”.


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